Prata, Rebeca é a melhor entre as "mortais"; ouro vai para Biles

Rebeca Andrade é a melhor ginasta das Olimpíadas de Paris. Oficialmente, é a segunda, mas como Simone Biles é imortal, o posto é da brasileira. Hoje (1º), Rebeca conquistou a medalha de prata no individual geral feminino da ginástica artística chegando perto de algo que poucos acreditavam: vencer a melhor da história. Entre as mortais, ela é a melhor.

Agora dona de quatro medalhas olímpicas (e vem mais por aí), Rebeca foi quase perfeita na final do individual geral em Paris e levou a decisão da medalha de ouro até a última apresentação de Simone Biles. Sempre acostumada a vencer com folga todas as adversárias, desta vez a norte-americana teve uma ameaça real.

Chegou ao solo com uma vantagem de apenas 0,166 pontos sobre Rebeca, atual campeã olímpica no aparelho. Mas não é à toa que Biles é a melhor do mundo, com justiça. A norte-americana, que deu um grande passo na chegada do salto e vacilou nas assimétricas, precisava de 13,867, tirou 15,066, e ficou com o ouro.

Rebeca, com uma prata que enche o brasileiro de orgulho, reduzindo ainda mais a distância que a separa da melhor da história. Mais do que isso: mostra sua evolução no ciclo olímpico. Depois de ficar atrás de Sunisa Lee em Tóquio por 0,135, desta vez colocou 1,467 sobre sua concorrente direta pelo posto de segunda melhor do mundo. Incontestável.

O duelo com Biles, porém, muito provavelmente é o último entre as duas nessa prova. A norte-americana deve se aposentar depois de Paris-2024, e Rebeca já indicou que não pretende continuar competindo nos quatro aparelhos.

Flávia Saraiva fechou a final em nono lugar. Ela começou muito bem a competição, nas paralelas e na trave, mas teve um escorregão no solo que a fez terminar com 54,032 pontos. Sunisa Lee, dos EUA, ficou com o bronze, com 56,465.