Portal de Notícias de MS em 25 de Julho de 2024
Saul Schramm/Governo do Estado
KC-390 é uma aeronave brasileira, fabricada pela Embraer, e exportada para diversos países
Pesando 52 toneladas (e com capacidade de chegar até 87 toneladas), a aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) tem 35 metros de comprimento, 34 metros de envergadura e 12 metros de altura. Ela já acumula mais de 33 horas de voo e despejou 334 mil litros de água nos combates aos incêndios no bioma.
A capacidade de água instalada no KC-390 é quatro vezes maior que a dos air-tractors, que também estão sendo usados no combate às chamas.
E a ajuda que vem do céu faz uma função importante, que é complementada pelos bombeiros militares. "Como a quantidade é bem grande de água, ela é fundamental principalmente ao pessoal em solo que está fazendo o combate direto ao fogo", explica o comandante da aeronave, capitão Douglas Leonardo Marciano. Após despejar a água sobre as chamas, os bombeiros concluem o trabalho de apagar com abafadores e outros equipamentos.
Em solo, a frota empenhada na Operação Pantanal 2024, em Mato Grosso do Sul, conta com cinco caminhões de combate a incêndio, 10 caminhonetes do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul e 24 caminhonetes da Força Nacional de Segurança Pública, todas equipadas com kit pick-up, mochilas costais, sopradores e equipamentos de proteção individual.
Desde abril, quase mil homens e mulheres foram mobilizados para o combate às chamas no Estado, sendo mais da metade de efetivo do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul. A operação de guerra contra os incêndios também conta com o apoio efetivo de 80 militares da Força Nacional, além dos militares das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e 233 agentes de Ibama, ICMBio e brigadistas do PrevFogo.
Aeronave brasileira
O KC-390 é uma aeronave brasileira, fabricada pela Embraer, e exportada para diversos países, como Portugal, Holanda, Hungria, Áustria e República Tcheca. Ela substitui o antigo C-130 Hércules, sendo considerada uma opção moderna e robusta.
Saul Schramm/Governo do Estado
Comandante da aeronave, capitão Douglas Leonardo Marciano
"Como está acontecendo aqui no comando conjunto: normalmente pela manhã tem uma aeronave menor de reconhecimento. Ela avalia a área e vê os principais focos de incêndio que estão acontecendo na região. Aí a gente é autorizado pelo comando conjunto, recebe um ponto e vai fazer o emprego usando o Maffs, que é um sistema modular, que temos a capacidade de montar e desmontar na aeronave quantas vezes forem necessárias", explica o capitão Leonardo.
O Maffs (sigla em inglês para Sistema Modular Aerotransportado de Combate a Incêndio) é a adaptação que transforma o cargueiro multiuso em uma aeronave preparada para a guerra contra o fogo que ameaça o Pantanal. O equipamento projeta a água pela porta lateral na fuselagem, permitindo manter o interior da aeronave pressurizada, ou seja, sem comprometer sua performance.
Saul Schramm/Governo do Estado
Aeronave é operada por seis tripulantes: dois pilotos, uma mecânica de voo e três mestres de cargas
Já os mestres de cargas controlam o lançamento de água. E não é necessário despejar os 12 mil litros de uma só vez. Eles controlam a quantidade e a vazão, conforme o tamanho do incêndio. Após despejar o líquido, é possível sentir a aeronave ganhando velocidade, já que são 12 toneladas a menos para o gigante dos ares carregar. De acordo com o tenente-coronel Matheus Cunha, da FAB, é a melhor aeronave para esse tipo de combate em uso no Brasil.
Além do KC-390 Millenium, em Mato Grosso do Sul estão sendo utilizadas outras 12 aeronaves nos combates aos incêndios, incluindo air Tractors e helicópteros Harpia, Pantera e Cougar.
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