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Temperaturas elevadas e ventos contribuem para propagação dos incêndios no Pantanal

Leonardo Cabral em 24 de Julho de 2024

Álvaro Rezende/Governo do Estado

Há quatro focos de incêndio ativos, segundo balanço das ações

O combate aos incêndios no Pantanal está com ações direcionadas em quatro focos de incêndio ativos. As temperaturas elevadas e os ventos contribuem para a propagação das chamas.

Nas proximidades do Porto da Manga, as equipes realizaram o combate direto, linha de controle e rescaldo ontem (23). Há outra linha de fogo que segue paralela aos focos já combatidos e desloca-se margeando em flancos o rio Paraguai e a rodovia MS-228.

Devido à gravidade e à extensão do incêndio, permanece a intervenção dos bombeiros para acompanhamento e gestão das ações de combate. Já ao nordeste do Pantanal sul-mato-grossense, na Área de Adestramento do Rabicho, mantém-se a atuação de combate e monitoramento contínuo após o controle das chamas.

Álvaro Rezende/Governo do Estado

Temperaturas elevadas contribuem para a propagação das chamas

A equipe atuante em Maracangalha deslocou-se para uma ação de combate nos pontos de calor detectados naquela região.

Clima contribui para a propagação

Ontem (23), o Pantanal enfrentou um dia de condições climáticas extremas. A temperatura atingiu picos de 33 °C, enquanto as rajadas de vento chegaram a 30 km/h, provenientes do nordeste. A ausência de chuva, combinada com a umidade relativa do ar chegando a apenas 20%, criou um ambiente propício para a propagação rápida de incêndios.

Desde o começo do ano até 16 de julho, quase 593 mil hectares foram queimados no Pantanal sul-mato-grossense, o que corresponde a 6% do total de 9 milhões de hectares da região pantaneira no Estado.

O aumento chega a 147% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 239,4 mil hectares - considerada até então, a pior temporada de incêndios. Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Os focos de calor detectados via satélite chegam a 3.099 de janeiro a 16 de julho, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Aumento de 38,7% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram 2.235 registros.

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