Portal de Notícias de MS em 27 de Junho de 2024
Saul Schramm/Governo do Estado
Bombeiros trabalhando até tarde da noite na extinção das chamas que ficam escondidas em meio à vegetação e dentro de grandes árvores
De acordo com o tenente Randolfo Rocha, as condições climáticas interferem diretamente no trabalho das guarnições. "A frente fria muda toda a situação de combate. O clima mais ameno favorece o enfrentamento. Uma maior umidade do ar também favorece. Em contrapartida, a velocidade do vento atrapalha tanto o combate, por causa da propagação mais rápida, como também favorece a reignição (reinício dos incêndios) nos pontos já combatidos", explica.
Com temperatura de 17°C em uma região onde os termômetros frequentemente registram mais de 35°C, os bombeiros combateram até tarde da noite na região conhecida como Abobral, fazendo o chamado rescaldo, que é o trabalho de extinção das chamas que ficam escondidas em meio à vegetação, dentro de grandes árvores, cupinzeiros e outras estruturas, queimando por dias e ameaçando o bioma de que a qualquer momento um incêndio possa ser reiniciado.
"Esse trabalho de rescaldo é importante em todos os cenários, em todos os locais onde é feito combate a incêndio florestal porque, se você não faz rescaldo e vigília, pode perder todo esse trabalho que foi feito", explica o subtenente Adalto de Oliveira Campos, que liderou os militares da base instalada na Fazenda Santa Fé.
Na região entre o rio Miranda e o rio Abobral, as duas guarnições realizaram combate durante todo o dia e a noite na terça-feira (25). Foram empenhadas também quatro aeronaves Air Tractor do ICMBio, próximo à Fazenda Baía Mondego, contando ainda com auxílio das equipes do PrevFogo.
Após o combate noturno, a região amanheceu sem focos. Durante o monitoramento foi necessária a ativação de uma área específica para evitar reignição do incêndio florestal.
Na região do Abobral e Miranda foi realizado sobrevoo utilizando uma das aeronaves do ICMBio e definidos pontos de atenção para traçar estratégias que alinhem o combate em conjunto com a equipe de solo.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a região da BR 262, próximo da ponte sobre o rio Paraguai, não apresenta mais focos. Foi realizado monitoramento e segurança durante todo o dia. O foco foi controlado, restando apenas pontos de calor na área queimada, que segue sendo monitorada.
Após a preparação dos aceiros nas proximidades da Fazenda Bodoquena, lado sul, duas novas equipes compostas por três militares cada se deslocaram em apoio à equipe que já estava no local. Os militares seguem realizando ações de combate e prevenção desde as primeiras horas do dia.
Na região norte, próximo ao rio Taquari, foram feitos sobrevoos utilizando o Air Tractor do Governo do Estado. O foco existente nessa área havia sido controlado dias atrás, porém houve novo acionamento na segunda-feira (24) pelos fazendeiros da região.
Após o sobrevoo, foi feito o reconhecimento da área e, em seguida, a mobilização e orientação de que seja feito aceiro na área da frente do fogo. Em reforço, uma equipe de combate aos incêndios florestais composta por novos militares - que assumiram as atividades na terça-feira (25) - se deslocou nas primeiras horas da manhã para desenvolver as atividades necessárias ao combate na região.
Na região da Maracangalha, as equipes em solo seguem trabalhando em conjunto com a aeronave Air Tractor realizando ações de monitoramento na área.
No início da manhã de ontem, após sobrevoo na região da Baía do Castelo, foi necessário mobilizar as equipes para infiltração via aeronave. Foi utilizado um helicóptero para transportar as duas guarnições que realizaram o combate combinado com a atuação de três aeronaves Air Tractors, sendo uma dos bombeiros e duas do ICMBio. As equipes seguem no combate e monitoramento.
Hoje, estão empregados 74 bombeiros militares, dos quais 51 estão nas GCIFs (Guarnição de Combate a Incêndios Florestais) de combate em solo, quatro estão empenhados nas operações aéreas, 19 compõem o SCI (Sistema de Comando de Incidentes), além dos oficiais que estão direcionando a operação. As equipes contam com o apoio de outras forças, como fuzileiros navais e brigadistas do PrevFogo.
Está prevista para esta quinta-feira a chegada ao Pantanal de cerca de 40 militares da Força Nacional, de um total de mais de 80. Desde o início da Operação Pantanal 2024, em 02 de abril, 415 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul foram mobilizados para o bioma e estão sendo usadas sete aeronaves no combate, incluindo helicópteros da Secretaria de Justiça e Segurança Pública e aeronaves Air Tractor.
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