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Na Bolívia, manifestantes exigem saída do comandante da Polícia e incendeiam delegacia

Leonardo Cabral em 02 de Junho de 2024

Reprodução/ El Deber

Delegacia foi invadida e incendiada na noite de ontem (01)

Uma manifestação contra o Comando Policial de Santa Ana de Yacuma, no departamento de Beni, na Bolívia, terminou com a delegacia de Polícia incendiada. O caso ocorreu na noite de sábado, 1º de junho.

Os manifestantes exigiam a renúncia e saída da cidade do comandante da Polícia, Juan Pablo Aillón Peña, por, segundo relatos, por suposto descumprimento de suas funções. Ele tinha prazo de 24h para deixar o comando, mas permaneceu no cargo. 

Tudo começou por volta das 20h. Nas proximidades da praça principal, os manifestantes chegaram aos poucos para exigir a saída do comandante da cidade.

Revoltados, soltaram fogos de artifício e aos poucos ganharam terreno, diante da pouca resistência dos policiais. Eles conseguiram entrar no prédio da delegacia, causaram danos e em seguida atearam fogo no imóvel. A polícia teve que recuar para áreas vizinhas.

O assassinato de um piloto foi o gatilho

O movimento começou após o assassinato de um piloto, que foi baleado por quatro desconhecidos no último domingo em um restaurante. Os moradores exigem justiça e que os autores do crime sejam encontrados.

Policiais da Força Especial de Combate ao Narcotráfico (Felcn), da cidade de Trinidad, e representantes do Ministério Público, para realizar uma série de batidas em propriedades privadas. Algumas pessoas foram detidas, supostamente de forma ilegal, situação que também gerou revolta nos manifestantes.

Padre interveio

Germán Sosa Egüez, pároco de Santa Ana de Yacuma, ao ver os incidentes e o incêndio do prédio da delegacia, interveio e falou com os manifestantes. “Eu disse a eles que a violência não era boa e que falaria pessoalmente com o comandante. Na Igreja, pregamos a paz”, disse Sosa ao jornal El Deber na noite de sábado.

O religioso acrescentou que Aillón Peña ia deixar a cidade, mas que primeiro deveria consultar os seus superiores. “'É melhor eu ir embora', ele me disse”, falou o padre Sosa. O representante da Igreja Católica em Santa Ana pediu que cuidasse da sua integridade física e dos seus companheiros, uma vez que todos têm famílias que os esperam em casa.

Finalmente, depois das 21h, a calma voltou à cidade. Mas o clima ainda é de apreensão em relação a outra mobilização.

Com informações do jornal El Deber.

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