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Sessão solene marca Semana Municipal de Adoção e Acolhimento em Corumbá

Da Redação em 29 de Maio de 2024

Divulgação/Câmara de Corumbá

Objetivo é fortalecer a cultura de adoção e apadrinhamento em Corumbá e Ladário

Sessão solene realizada na noite de terça-feira, 28, marcou as celebrações da Semana Municipal da Adoção e Acolhimento em Corumbá, evento que acontece anualmente sempre na semana que antecede o Dia Nacional da Adoção, em 25 de maio.

A iniciativa foi do vereador Manoel Rodrigues e contou com as presenças de autoridades locais, como o juiz Mauricio Cleber Miglioranzi Santos, diretor do Foro da Comarca de Corumbá; Cleverson Gonçalves da Costa, coordenador do Grupo de Apoio à Adoção Pantanal (GAAP); parceiros do grupo; pais adotivos com seus filhos; assistentes sociais que também foram homenageados na noite.

O presidente Ubiratan Canhete de Campos Filho (Bira), enfatizou que as portas do Poder Legislativo corumbaense estão abertas para as pessoas e instituições que buscam dias melhores para a sociedade, principalmente para as crianças e adolescentes, inclusive profissionais da assistência social que desenvolvem um papel importante para o total sucesso desse projeto desenvolvido na região pantaneira.

Homenagens

Na oportunidade, por indicação do vereador Manoel Rodrigues, foram homenageadas pessoas que se destacam nas ações pela causa, inclusive famílias adotivas, exemplos de que o trabalho tem alcançados resultados altamente positivos.

Os homenageados foram Wilson da Silva Maria, Luís Filipe Dorileo Gomes da Silva, Simone Scaffa Gomes da Silva, Jociane Azarias dos Santos, Elson Moreira, Greice Oliveira de Carvalho Moreira, Matias da Silva, Cleverson Gonçalves da Costa e o Juiz Mauricio Cleber Miglioranzi Santos.

Lei municipal

A Semana Municipal da Adoção e Acolhimento em Corumbá foi criada pela Lei Municipal nº 2.672/2019, de autoria do vereador Manoel Rodrigues, e tem por finalidade a promoção de eventos que levem à reflexão, a agilização, a comemoração e a realização de campanhas de conscientização, sensibilização e publicidade do tema “adoção” com a realização de debates, palestras e seminários, e surgiu fruto de uma estreita parceria entre o Grupo de Apoio à Adoção Pantanal (GAAP) e a Câmara Municipal de Corumbá.

O GAAP surgiu em Corumbá em 2016. É uma instituição que conta com trabalho de voluntários pela causa da adoção, procurando garantir que as crianças e adolescentes possam ter um convívio familiar e comunitário.

Um dos abnegados da causa é o coordenador do grupo, Cleverson Gonçalves da Costa, chefe de uma família que tem uma linda história de vida: ele, a esposa Laura Costa, e a alegria do casal, Luiz Antônio.

Cleverson apresentou um rápido balanço da situação atual, dando conta que, na região pantaneira existem quatro casas de acolhimento, três em Corumbá e uma em Ladário.

Nestes quatro locais, 46 crianças estão acolhidas, e 36 aptas para adoção. Apesar do intenso trabalho desenvolvido, as equipes ainda encontram dificuldades para encontrar um lar adotivo para as crianças, principalmente para maiores de dois anos. Há um certo desinteresse também para grupos de irmãos.

“O interesse maior tem sido por bebês e meninas, saudáveis. Ainda existem receios por parte dos postulantes, em adotar crianças maiores, de grupo de irmãos e com doenças tratáveis ou não”, lamentou.

Trabalho intenso

Cleverson ressaltou que, atualmente, como parte das atividades, o GAAP oferece palestras mensais aos postulantes à adoção, com o propósito de fornecer informações valiosas, esclarecer dúvidas e preparar os interessados para o processo de adoção.

“Encorajamos fortemente os postulantes à adoção a participarem, pois acreditamos que o conhecimento e o suporte adequados são fundamentais para uma experiência de adoção positiva e bem-sucedida”, citou.

“A adoção é um tempo de autoconhecimento e preparo, e a introdução de uma cultura de adoção e apadrinhamento em nossa sociedade, aumentam as chances de recebermos nossas crianças e adolescentes de forma acolhedora.  Adoção vai além de realizar um sonho, é um ato de entrega para construir o amor. Nosso principal objetivo é promover adoções bem sucedidas, com famílias completas e felizes”, prosseguiu.

Disse que o GAAP tem também a preocupação de “divulgar o Projeto Padrinho, que tem por objetivo mostrar à sociedade a realidade das crianças em situação de risco, e estimular o exercício da cidadania, convidando as pessoas a gestos de afetividade, levando carinho e convivência familiar, social e comunitária às crianças! O Projeto faz a aproximação entre quem quer ajudar e quem precisa de ajuda”.

“Convidamos a todos a se unirem a esse ideal, buscando um espaço para reflexão, discussão e organização em torno da situação das crianças e adolescentes que vivem em instituições. Nosso objetivo é fortalecer uma cultura de adoção e apadrinhamento em nossa cidade, fazendo a diferença na vida desses jovens ao proporcionar-lhes um lar amoroso e acolhedor”, completou.

Não se esqueceu de fazer um agradecimento à Câmara Municipal de Corumbá; ao Tribunal de Justiça de MS em nome do juiz Mauricio Cleber Miglioranzi Santos; aos parceiros e fundadores do GAAP, e à sua família, Laura Jane dos Santos Barcellos da Costa, esposa, e ao filho Luiz Antônio Barcellos da Costa.

Já o autor da Lei que criou a semana, Manoel Rodrigues, destacou a importância da promoção de debates sobre um dos princípios mais importantes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): “o direito da convivência familiar e comunitária com dignidade. Além de ser um chamado à reflexão e conscientização a respeito da importância da adoção”.

Fez um relato lembrando dados de 2023 do Sistema Nacional de Adoção, dando conta que quase 4 mil crianças, na época, estavam na fila para adoção, sendo que a maior parte delas possui idade superior a cinco anos.

“E é sempre pensando em promover debates e reflexões a temas de suma importância que a Lei da Semana Municipal da Adoção e Acolhimento foi criada, como forma de estabelecer em Corumbá, uma semana dedicada à questão da adoção e acolhimento, que por sua relevância, traz a lume problemas que devem ser resolvidos como a lentidão dos processos e a própria situação das crianças passíveis de serem adotadas. Ainda existem muitos preconceitos e medos dos interessados em adotar, o que muitas vezes impedem um encontro de amor que seria possível”.

Segundo o vereador, “adotar pode ser comparado a tarefa de enraizar um broto que veio de outra árvore em uma nova árvore. Quem adota deve ter um tronco e raízes propícias ao novo enraizamento, ao entrelaçamento regado de respeito, amor e dedicação. É preciso que aceite essas novas raízes e as trocas que ocorrerão para um crescimento e fortalecimento saudável. É um processo de aceitação e mudança mútua”.

As informações são da assessoria de imprensa da Câmara Municipal.