Campo Grande News em 11 de Abril de 2024
Henrique Kawaminami
Delegado Carlos Henrique Cotta D'Angelo novo superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul
Há 22 anos na Polícia Federal, D’Ângelo debuta no cargo de superintendente. Antes, já passou por todos os setores – áreas administrativas, policial, inteligência e corregedoria. Graduado em Direito e Administração Pública, o delegado comandou o setor de combate ao crime organizado e esteve à frente de operação contra corrupção em Mato Grosso, no ano de 2019. A última lotação do delegado foi no comando da delegacia de Juiz de Fora (Minas Gerais).
O novo chefe da PF enfatizou que Mato Grosso do Sul está em vias de se tornar um centro econômico da América do Sul e continental com a Rota Bioceânica, que vai encurtar em 8 mil quilômetros a distância percorrida pelos produtos brasileiros rumo ao mercado asiático, integrando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, mas reforçou que o corredor logístico também explorado por grupos criminosos.
“É praticamente intuitiva essa ideia de que o crime certamente se apropriará, se já não está fazendo, dessa que será uma das rotas mais significativas no comércio internacional no planeta. Então, todos os olhos voltados para essa questão, toda preocupação do Estado brasileiro, porque como sempre ocorreu historicamente, onde se faz comércio de qualidade, onde se faz um comércio lícito, também há espaço por ilícito. Então, imaginar que por aqui trataremos mercadorias que unirão o Ocidente ao Oriente, certamente isso será muito explorado por criminosos devotado ao tráfico de drogas, tráfico de armas, contrabando, descaminho”, alertou.
Além da preocupação com a futuro corredor logístico, D’Ângelo comentou que apesar do Paraguai e Bolívia serem considerados bons vizinhos, urge investimentos, principalmente em tecnologia e união de forças de segurança para combater o crime organizado nas regiões fronteira.
“É impossível cobrir toda essa área de fronteira fazendo com olhos humanos. Nós temos que ter investimento em tecnologia, com câmeras, drones, satélites, tudo que há de melhor, esteja disponível para que possamos, com a integração junto com as outras forças, com as forças armadas. Ter um olhar mais próximo do que ocorre em nossas fronteiras. Então, não adianta insistir no que já foi feito e ficar na velha máxima de que não há recursos humanos. Temos que substituir isso por tecnologia”, finalizou.
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