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Atraso na organização comprometeu desfile da Vila Mamona

Leonardo Cabral em 13 de Fevereiro de 2024

Anderson Gallo/ Diário Corumbaense

Carro com águia símbolo da Vila, trouxe a velha guarda da agremiação

Detentora de 17 títulos e uma das mais antigas do Carnaval de Corumbá, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Vila Mamona, teve problemas para entrar na  passarela do samba. A agremiação, segundo a se apresentar na noite desta segunda-feira (12), teve atraso na chegada da bateria e alegorias, que não estavam a postos para iniciar o desfile. Um dos carros alegóricos veio sem o total de componentes previstos e outro quebrou no caminho até a concentração.

Desfilando para "cumprir tabela", a Vila Mamona trouxe, mais uma vez, a Natureza, mostrando desta vez as flores, com o enredo: “O Voo da Águia no Jardim da Vida sob o Perfume das Flores, das Cores e dos Sentidos”.

A proposta da Vila foi fazer junto ao símbolo da agremiação, a Águia, revelar a essência das flores, desde os primórdios da civilização até os dias atuais, retratando de forma singela as rosas, orquídeas, margaridas, cravos e girassóis que deram cores a mais, perfumando a avenida, com um toque especial, suave e repleto de simplicidade, com sua águia fazendo esse sobrevoo pela passarela do samba.

A comissão de frente, retratou a Deusa Grega, Afrodite e seus guardiões, beija-flores, mostrando a potência da natureza que faz florir as árvores e preside a “tudo que floresce”. A comissão de frente retratou o ritual de cortejo à deusa Flora e a polinização, o florescimento de laços e relações existentes entre a fauna e flora, promovendo a evolução e a plenitude.

Anderson Gallo/ Diário Corumbaense

Comissão de frente, retratou a Deusa Grega Afrodite e seus guardiões

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Carlinhos Joia e Ana Paula Simpatia, veio representando a Rosa Vermelha e Rosa Branca, ambas representam uma relação amorosa sólida, pura e eterna, simbolizando o respeito e a devoção que um indivíduo tem pela pessoa amada. No amor, a rosa branca transmite paz, tranquilidade e inocência, além de transpassar a sensação de calmaria, charme e ingenuidade. Já a rosa vermelha, associada ao elemento fogo, significa o ápice da paixão, do sangue e da carne.

As baianas, com a ala coreografada, fantasiadas de flores de girassol, representaram a felicidade, por conta de cor vibrante, simbolizando calor, lealdade, vitalidade, e entusiasmo, refletindo a energia positiva que emana do sol.

Anderson Gallo/ Diário Corumbaense

Ala das baianas na passarela do samba

No carro abre-alas, templo da Deusa Romana, conhecida como deusa da sabedoria, das artes, da guerra e da fecundidade da natureza, mostrando a força da natureza entre os Romanos, que desencadeava a floração das árvores na primavera. Foi neste carro, que faltaram componentes.

A escola de samba trouxe o significado das flores, como: flor Íris, flor Lotus; Orquídeas; Delfins, Lírio; Bromélia, entre outras, que entraram no enredo da agremiação.

A Vila ainda homenageou grandes nomes e personagens do carnaval corumbaense que fazem parte da nossa história como: o Bloco Flor de Abacate, o Tradicional Banho de São João com os andores enfeitados de rosas tradicionais dessa festa típica e cultural da região Sul-mato-grossense.

Não ficando de fora, a reconhecida Festa de Iemanjá que faz barcos adornados com flores deslizarem com os pedidos e agradecimentos dos fiéis nas águas do rio Paraguai, foram retratados no desfile.

Anderson Gallo/ Diário Corumbaense

Bateria homenageou o bloco Flor de Abacate

E foi da bateria, sob comando do mestre Manoelzinho, que não fez uso do recuo, passando pela avenida, a homenagem ao bloco Flor de Abacate, que tem mais de 50 anos de tradição no carnaval de Corumbá.  Os 80 ritmistas vieram representando o bloco, que arrasta de foliões de todas as idades, ao longo de todos esses anos com o famoso samba-enredo que virou tradição sob a composição de José Eloy de Magalhães e João Batista Carretoni.

Já a rainha de bateria, Érica Santos, veio de Flor Real. A realização da prosperidade e poder usado pela realeza em seus brasões. Presente dos reis para surpreender a pessoa amada, encerrando assim, o desfile da Vila Mamona.

No final, o professor Luiz, diretor de Harmonia, disse que uma sucessão de erros comprometeu todo o trabalho e que, para 2025, a meta é resgatar a comunidade mamonense e fazer um grande carnaval.

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