Leonardo Cabral em 12 de Fevereiro de 2024
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense
A onça-pintada, símbolo da Caprichosos de Corumbá
No desfile, a agremiação, que é do bairro Dom Bosco, fez uma grande viagem do sobrenatural ao real, mostrando que todo brasileiro, ou qualquer ser humano, carrega o estigma de ser malandro. Mas, o bom malandro, que sabe “sambar” diante dos obstáculos, que não maltrata, não humilha, mas sim, o bom malandro que ama. O bom malandro respeita.
Abrindo o desfile da Caprichosos, um artista usando “terno de linho, chapéu Panamá” e sapatos finos (como cita trecho do samba-enredo), veio fazendo ligação da história do personagem principal "Seu Zé".
A Comissão de frente, composta por 11 integrantes, com a fantasia “Gafieira nos Arcos da Lapa”, veio com cinco casais representando as noites dançantes do bairro da Lapa, centro do Rio de Janeiro, onde já haviam boas casas de danças e os grandes cabarés. Local sempre frequentado pelos adoradores da boemia, como: médicos, advogados, delegados e os bons malandros boêmios.
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense
Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, José Alexandre e Lara Rodrigues, representou “as damas da noite"
No carro abre-alas, mostrou a alegoria e o nome da agremiação, intitulado o símbolo da Caprichosos, a onça-pintada, com seus destaques, que reproduzem o enredo, na figura do Seu Zé e as suas Marias. Em seguida, a ala das Baianas, veio como o Sol, na gíria do malandro: “O sol nasce para todos, mas a sombra é do malandro”, com as cores amarelo-ouro, laranja e detalhes dourados.
Em uma das alas, a Caprichosos, retratou a chegada de ‘seo Zé’, no Rio de Janeiro, quando se encantou pelo que viu, como o futebol, samba e praia. As noitadas, os jogos de azar, também foram mostrados no desfile. O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Gabriel Henrique e Lidiana Vitória, representou “o rei e a rainha de copas”, com as cores em azul, vermelho, branco e detalhes dourados.
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense
Caprichosos de Corumbá levou para a Avenida 650 componente
A bateria da escola de samba, veio com 70 ritmistas, representando os malandros batuqueiros, mostrando muito suingue e bossas para saudar a todos os malandros, entoando: “Salve Zé, salve os malandros e salve a malandragem.” Laroyê!
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense
Rainha da bateria, Nanda Ferraz, arrancou aplausos do público
A Caprichosos de Corumbá levou para a Avenida 650 componentes, divididos em 13 alas e apresentou 04 carros alegóricos.
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