Leonardo Cabral em 11 de Fevereiro de 2024
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense
A arara, símbolo da Mocidade da Nova Corumbá
Na comissão de frente “Abre-se a porteira...! O show vai começar!”, os 11 integrantes representaram a fantasia: “tocador de berrante e violeiro”. Uma porteira típica das estradas boiadeiras ou entradas de propriedades, com o nome da fazenda de Almir Sater, “Campo Novo”. Foram eles que deram a abertura para a passagem da comunidade da zona sul. Berrantes e violas foram marcantes na coreografia.
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense Casal de mestre-sala e porta-bandeira, Robson e Lorraine
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Robson e Lorrainny Moura, veio como índios Guaranis, povos originários das cercanias da Serra de Maracaju tão bem retratado nas músicas Kikiô (Geraldo Espíndola) interpretada por Almir; Sonhos Guaranis e Serra de Maracaju (Paulo Simões e Almir Sater). O casal deu um show de evolução em frente à cabine de jurados, arrancando aplausos do público.
No carro abre-alas, o trem do Pantanal que é eternizado na música que leva o mesmo título, no qual o homenageado interpreta, e o famoso Obelisco localizado na cidade natal de Almir, Campo Grande. Destaques em fantasias representando as colônias fortes existentes: japoneses, mineiros, italianos e comunidades gaúchas. No abre alas, também veio o símbolo da escola, a Arara Vermelha.
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense Mocidade veio forte para lutar pelo tricampeonato
Na passagem pela avenida, a agremiação relembrou a divisão do Estado, quando então éramos um estado só, Mato Grosso, mas em 1977, veio a divisão do Estado, motivando conhecer quem era esse novo povo independente, surgindo também a ideia da comitiva esperança. Não podendo ficar de fora, o Pantanal, o homem pantaneiro, foram mostrados, pois são tão bem retratados nas composições de Almir.
As participações artísticas de Almir Sater foram notórias no desfile, a partir da novela Pantanal produzida em 1990 e posteriormente lhe rendeu como protagonista em Ana Raio e Zé Trovão, bem como nos remakes Pantanal e atualmente Renascer.
As músicas eternizadas na voz de Almir Sater, também destacadas pela Mocidade. Chalana, composta por Mário Zan, em 1943, quando estava na sacada do Hotel Beira Rio, Porto Geral de Corumbá, que ficou consagrada na interpretação de Almir Sater. Projeto Comitiva Esperança, que leva o mesmo nome da música composta juntamente com Paulo Simões inspirada no projeto de mesmo nome realizado na década de 80. Essa música foi tema da participação da cidade de Corumbá no programa Domingão do Faustão, no quadro “Dança da galera”, sucesso no qual o município ganhou destaque nacional.
Na ala 19, as Baianas, com a fantasia Pôr do Sol e violeiro, fonte de inspiração, ou seja, é aquele momento que se pode olhar para trás e ver o resultado de um dia de labuta. Nada melhor para encerrar o dia com um som de viola. Essa ala foi colocada nessa posição do enredo propositalmente, pois, na alegoria que sucede encontra-se o recanto do homenageado que com os olhos postos no pôr do Sol e no voar das araras compõem momento bucólico para aguçar a inspiração.
Claro, não podendo ficar de fora do enredo, a escola trouxe o recanto e vida de Almir, que foi representado por Kleber Kost, bailarino, coreógrafo e ator da Oficina de Dança de Corumbá, junto a tradicional viola usada sempre por Almir Sater. A jovem cantora, violeira e compositora Ivi Rondon Clavijo, apadrinhada pelo homenageado, pantaneira nascida e criada em Corumbá, também veio no último carro.
A fazenda, um dos locais escolhidos por ele, para morar e criar os filhos, as planícies pantaneiras, escolha feita por quem ama suas origens, e sente-se bem e feliz, também foi mostrada no último carro alegórico. Lugar inspirador para suas composições, que lhe rendeu prêmios do 17º e 19º Grammy Latino – Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras, onde Almir Sater tem a valorização de seu trabalho.
Finalizando, foram 100 ritmistas que ditaram o ritmo da Mocidade da Nova Corumbá, com a fantasia Guardiões da Natureza, representando algumas ONG’s, com a figura dos vigilantes do meio ambiente a ponta de lança na preservação do Pantanal, fizeram uso do recuo.
Anderson Gallo/ Diário Corumbaense Rainha Carol Castelo e mestre da bateria, Marcigley Santana, comandando 100 ritmistas
A Mocidade da Nova Corumbá trouxe 750 componentes, divididos em 20 alas e 4 carros alegóricos e um tripé. Muita expectativa rondava a agremiação sobre a presença de Almir Sater, porém, na semana que antecedeu o desfile, o homenageado afirmou que não poderia comparecer e agradecia a honrada homenagem, desejando sorte à agremiação, que entrou na avenida, defendendo o título.
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