Campo Grande News em 10 de Dezembro de 2023
Natália Olliver
Motocicleta foi parar embaixo de veículo e corpo da vítima ficou na calçada
Na audiência de custódia, realizada na manhã deste domingo (10), a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna fixou a fiança em R$ 66 mil (50 salários mínimos) e Guilherme Pimentel informou ter renda de R$ 10 mil. Ele pagou com dinheiro em espécie, conforme certidão anexada ao processo.
Ele é servidor comissionado do Governo do Estado e dirigia um carro oficial. A administração estadual comunicou ontem que ele foi afastado das funções e a exoneração deve ser publicada amanhã (11), no Diário Oficial.
O acidente matou a auxiliar de cozinha Belquis Maidana, 51 anos, e deixou João Paulo Alves, 43 anos, em estado grave. No local da colisão, Pimentel se recusou a fazer bafômetro, mas a PM (Polícia Militar) constatou a embriaguez (olhos vermelhos, odor etílico e sonolência).
A magistrada destacou a gravidade do caso, mas não viu requisitos legais para a manutenção da prisão.
“Destarte, considerando a excepcionalidade da prisão cautelar, a despeito da gravidade do delito supostamente praticado pelo autuado, um fato lamentável e sobretudo com consequências gravíssimas, com falecimento de uma vítima, analisando o caso concreto constato estarem presentes os requisitos da prisão preventiva (prova da materialidade do delito, conforme Boletim de Ocorrência, a prova do acidente e indícios da autoria pelo autor, que estaria conduzindo veículo), porém ausentes os motivos legais para a manutenção da custódia cautelar”, afirma a juíza.
Conforme a decisão, o condutor do carro é tecnicamente primário, com endereço fixo e servidor estadual. “Com efeito, o delito em questão está na modalidade culposa, sendo o autuado tecnicamente primário, com registros de ocorrências no Juizado especial, possuindo endereço fixo declinado em Campo Grande, sendo funcionário público, como observado pela defesa. Portanto, entendo ser cabível a concessão de medida cautelar mais branda”.
A juíza suspendeu a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) de Pimentel por seis meses. A investigação ainda determinar dinâmica da colisão, com análise de câmeras e imagens de circuitos de videomonitoramento de comércios, prédios e casas da região, incluindo a análise de possíveis violações de sinais de trânsito e a questão do consumo de bebidas alcoólica.
Testemunha que presenciou o acidente fatal relatou à Polícia Civil que o veículo conduzido pelo servidor público avançou o semáforo vermelho em alta velocidade (cerca de 100 km/h) antes da colisão.
Ao ser interrogado, Guilherme Pimentel disse à polícia que saiu da casa de seu companheiro e teria consumido vinho antes do acidente.
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