Foragido, acusado de matar esposa se defende pelas redes sociais

Acusado de matar a esposa, o padeiro Juliano Azevedo, 28 anos, se defendeu em postagens nas redes sociais. Mikaele Oliveira, de 22 anos, foi encontrada morta na sexta-feira (08), no banheiro da casa onde vivia na rua 27 de Julho, no Jardim Progresso, em Anastácio, a 135 quilômetros de Campo Grande. Ele segue foragido.

Na tarde desta segunda-feira (11), Juliano fez duas publicações em seu perfil no Facebook. Em uma delas, feita por volta das 12h, o padeiro alega que foi julgado por todos, mas que sempre fez de tudo pela família.

“Eles eram tudo o que eu tinha. Sempre trabalhei de sol a sol, de madrugada. Me afastei até da minha mãe para dar mais atenção à minha família. Fiz de tudo, mas sou ser humano, sou falho. Deixei meu sentimento falar mais alto. Estou arrependido e vou pagar pelo meu erro", escreveu o padeiro.

Ainda na publicação, ele colocou prints de conversas que teve com a vítima e alega que foi traído por ela. “Só quero que cada um de vocês que me julgou se ponha no meu lugar por apenas um minuto. Fazendo de tudo e a parceira com outro na sua casa, na sua cama, na frente das crianças. Não aguentei. Errei”, finaliza. 

Logo depois, por volta do mesmo horário, Juliano fez uma nova postagem em que alega que queimaram a casa de sua mãe. “Tocaram fogo na casa da minha mãe, parabéns. Espera que o presente vem atrás”, postou o padeiro. Moradores da cidade fizeram diversos comentários atacando o suspeito.

“Tudo o que ela sofreu para morrer você também vai sofrer Juliano e sua mãe vai chorar lágrima de sangue. Eu nunca imaginei q vc fosse fazer isso com ela”, diz uma das mulheres que comentam a postagem.

Já outra moradora nega que tenham ateado fogo na casa da mãe do suspeito. No comentário, ela alega que o padeiro está mentindo e uma pessoa rebate: “os vizinhos impediram, mas no caso da menina Mika ninguém fez nada. Judiação o que ele fez com ela”, pontuou a mulher.

Nos stories, publicações que duram apenas 24 horas, Juliano continua se defendendo e ainda ameaçada um rapaz identificado apenas como Jhony, conhecido como Zeus. “Amo meus filhos, amo minha mulher. Agi pela emoção, sei que isso não traz ela de volta, vou pagar pelo meu erro, mas também nunca esperei”, escreve o rapaz que em seguida posta “a gente se encontra, malandro”.

Crime

Mikaele foi encontrada morta, pelo padrasto, dentro do banheiro da casa. Após o crime, o padeiro enviou um áudio para o homem contando que havia “feito merda” e pedindo para que ele fosse olhar o corpo. Na mensagem, ele ainda afirmou que havia descoberto uma traição e por isso matou a mulher. 

Assim que o padrasto da vítima chegou na casa, ele se deparou com Mikaele ensanguentada e com diversas perfurações pelo corpo. Equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e Perícia estiveram na casa. Juliano teria fugido com os filhos em um Corsa Wind, branco, e até o momento não foi encontrado.

Os dois viviam juntos há 7 anos, o crime ficou registrado pela Polícia Civil de Anastácio como “feminicídio majorado na presença de descendentes de vítima”, já que as duas crianças, filhas do casal, estavam na casa, um menino de 1 ano e uma menina de 4 anos.