Campo Grande News em 06 de Setembro de 2023
Reprodução
Cocaína apreendida à tarde por policiais do DOF, saiu ontem de manhã de Ponta Porã numa viatura da Civil
A informação foi confirmada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que investiga o esquema junto com a Corregedoria-Geral da Polícia Civil.
Em nota oficial, o Gaeco também confirmou que dois policiais civis estão envolvidos com a carga milionária. Um foi preso ontem à noite em Ponta Porã e o outro está foragido.
A reportagem apurou que a cocaína apreendida à tarde por policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) saiu ontem de manhã de Ponta Porã numa viatura modelo S10.
Os 500 tabletes foram deixados na casa localizada no cruzamento das ruas Izzat Bussuan e Duque de Caxias, na Vila Rosa, região norte de Dourados. O local funcionava como entreposto, ou seja, servia para armazenar a droga até o envio para outros estados brasileiros.
Na casa, os policiais do DOF prenderam homem de 37 anos, morador em Dourados, que era o responsável em vigiar a carga milionária. Ele revelou que a droga tinha chegado ontem de manhã. Um Fiat Uno também foi apreendido na residência.
O policial civil foi preso à noite em Ponta Porã. Segundo o Gaeco, as investigações continuam para prender o outro agente envolvido no crime.
A reportagem também apurou que a investigação ocorria há pelo menos oito meses, quando policiais rodoviários federais flagraram viatura da Polícia Civil em alta velocidade seguindo pela BR-463, de Ponta Porã para Dourados.
Segundo apurado, os dois policiais estavam na viatura. Na viagem para Dourados, eles pegaram atalho para não passar pelo Posto Capeí, base da PRF na BR-463.
Houve troca de informações entre policiais da região sobre a movimentação suspeita. Na volta, a pedido da Polícia Civil em Dourados, os agentes foram abordados pelos PRFs, mas liberados para seguir viagem.
Como havia suspeita de que a viatura tivesse sido usada para trazer produto ilícito até Dourados, a Corregedoria da Polícia Civil e o Gaeco foram informados e começaram a investigar o esquema, culminando na apreensão da droga. Considerada pura, a cocaína renderia ao menos R$ 74 mil por quilo.
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