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Resgatado das ruas, “Wilson” escapou de morrer afogado, estrangulado e por infecção

Ricardo Albertoni em 15 de Agosto de 2023

Divulgação

"Wilson" está em uma clínica veterinária, em tratamento

Com ferimentos no pescoço e usando uma espécie de coleira extremamente apertada que causava ainda mais sofrimento ao animal, "Wilson Forasteiro", um cachorro de rua sem raça definida (SRD), agonizava nas calçadas da área central de Corumbá, quando foi resgatado por Laura Matos e Lucas Motti.

Laura, que foi fundamental no resgate, já tinha visto o sofrimento do cão em postagens em rede social e Lucas conhecia "Wilson" há cerca de um mês e explicou ao Diário Corumbaense o significado do nome.

“Wilson é por causa daquele filme, 'O Náufrago'. Soube que ele foi encontrado no meio do Pantanal, nadando sozinho, no meio do nada. Ele subiu na embarcação e foi trazido para a cidade. Chegando, ele escapou e passou a andar pelas ruas com essa coleira, que na verdade nem é uma coleira, parece ser um ‘strep para punho’", disse Lucas.

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Com ferimentos, coleira passou a apertar o pescoço do cão

Desde então, ninguém mais conseguiu capturar o animal, que acabou se envolvendo em brigas com outros cães, que resultaram em ferimentos no pescoço. Com o inchaço devido às infecções das feridas que não recebiam tratamento, a coleira começou a estrangulá-lo, deixando o “sobrevivente” cada vez mais próximo da morte.

“Tentei resgatá-lo umas três vezes, mas ele é muito arisco e sempre escapava. No dia em que a Laura o viu, eu e um sócio tínhamos dado calmante para tentar retirar a coleira, mas novamente ele escapou e 'apagou' horas depois na frente do posto de saúde onde a Laura trabalha”, lembrou ao se referir à Unidade Básica de Saúde da Família do bairro Beira Rio, UBSF Rosimeire dos Santos Ajala.

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Rifa está sendo realizada por Laura para custear o tratamento de Wilson

Nesse momento, na última sexta-feira (11), Laura buscou ajuda e Wilson foi levado para uma clínica veterinária. Tudo caminhava bem, até segunda-feira, quando o instinto de liberdade do animal que vivia no Pantanal aflorou novamente e ele voltou às ruas. Outra corrente foi formada e após vários compartilhamentos, o cão foi novamente resgatado e pode voltar a receber cuidados na clínica veterinária.

Ajuda

Rifas estão sendo feitas para custear o tratamento e ainda realizar a castração do cão. A primeira rifa teve apoio de toda a equipe da unidade de saúde, que adquiriu vários números. Mas, ainda sem alcançar o valor necessário para pagar o tratamento, outra rifa está sendo feita e os números podem ser obtidos entrando em contato com a Laura, pelo WhatsApp (67) 99968-9874.

Com o objetivo de ajudar Wilson, além de outros 17 cachorros atendidos pelo projeto GAIA (Grupo de Adoção e Intervenção Animal), idealizado pelo Lucas, uma rifa também é realizada e o número para contato é o (67) 99997-2757.

A sede do GAIA fica na rua Tiradentes 234, Centro.