Ricardo Albertoni em 21 de Junho de 2023
Reprodução
Segundo moradores, há meses o poço está desativado por falta de energia elétrica para acionamento das bombas
O motivo é a falta de energia elétrica para acionamento da bomba do único poço existente no local. De acordo com a moradora, a obra de captação de água subterrânea foi construída pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), mas cabe aos moradores arcar com o pagamento das contas de energia elétrica, que foram se acumulando, resultando no corte do fornecimento.
"Muita gente não tem condição de pagar, foi acumulando conta de luz e já tem um tempo que estamos sem", contou Leidiane que tem dois filhos, de 3 anos e uma de 4 meses e segundo ela, vive o problema desde a gestação da caçula.
Para manter as necessidades básicas de higiene, além de cozinhar, lavar roupas e vasilhas e, principalmente, o consumo do bem indispensável para a sobrevivência, semanalmente ela utiliza o carro da sogra para buscar água e encher parte dos 500 litros do reservatório que tem na propriedade.
"Temos criança, animais, dependemos da água. Eu empresto o carro da minha sogra e pegamos uma vez por semana. Quem tem cisterna ou tem condições de pagar caminhão-pipa paga, mas nós não temos e muita gente aqui também não tem", finalizou.
Prefeitura vai verificar situação
Ao Diário Corumbaense, o secretário de Desenvolvimento Econômico e Sustentável de Corumbá, Cássio Costa Marques, informou que vai acionar a Superintendência de Agricultura Familiar para verificar a situação, além de discutir e sugerir às associações, melhorias na organização administrativa.
Ainda de acordo com Cássio, o Executivo Municipal tem realizado ações com o intuito de melhorar a renda das famílias, apoiando a comercialização da produção, com o objetivo de garantir à elas recursos para a manutenção das propriedades.
De acordo com o secretário, a Prefeitura está trabalhando para resolver esse problema nos assentamentos com a implantação de sistemas de energia solar para captação de água em todos os poços que atendem os assentados. Estima-se investimento de cerca de R$ 1,5 milhão.
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