Da Redação em 26 de Maio de 2023
Divulgação/Câmara de Corumbá
Audiência pública foi realizada nesta sexta-feira, na Câmara
“Precisamos pensar no futuro e não apenas em solucionar problemas que nos afetam atualmente. Vamos continuar lutando pela recuperação da BR, mas também lutando pela sua duplicação com uma infraestrutura necessária para comportar transportes de cargas pesadas, inclusive”, observou o vereador.
A audiência contou com as presenças do superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Euro Nunes Junior; do coordenador de mineração da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Pereira; da superintendente estadual do Ibama, Joanice Lube Battilani; Jaime Simão Amaraz Guerreiro Junior, da Polícia Rodoviária Federal de Corumbá; procurador do Ministério Público Federal de Corumbá, Sérgio Atílio Thomas Zago.
Presentes também os vereadores Ubiratan Canhete de Campos Filho (Bira), presidente da Casa de Leis; Roberto Façanha, primeiro secretário; Elinho Junior, Allex Dellas, Manoel Rodrigues e Alexandre Vasconcellos, além de outros representantes dos mais diferentes organismos da sociedade, inclusive de uma empresa de mineração, a 3A Mining.
Segundo semestre
Já no início dos trabalhos, o superintendente do DNIT, Euro Junior, informou que um processo licitatório está previsto para o mês de agosto, visando a restauração do trecho entre a ponte sobre o rio Paraguai e a região do Buraco das Piranhas, na divisa com Miranda.
Observou que o DNIT já está atuando no trecho a partir de Campo Grande com reperfilamento, micro revestimento e sinalização. Lembrou que o trecho mais crítico é entre a ponte e o Buraco das Piranhas, que está programado para o segundo semestre, para em seguida, recuperar a rodovia entre Corumbá e a ponte do Morrinho.
Citou ainda o desenvolvimento de um trabalho em parceria com o Ibama, para aplicação de um plano de mitigação para combater atropelamentos de animais silvestres na região pantaneira, com instalação de telas nas laterais da BR, além de outros instrumentos necessários para que os animais possam atravessar a pista, sem riscos.
Conscientização
Em relação aos acidentes que estão ocorrendo na BR, Jaime Simão, da Polícia Rodoviária Federal, explicou que nem todos se devem às condições da rodovia. Conforme estatística, muitos ocorrem em trechos onde o pavimento está perfeito, em linhas retas, e que 90% ocorrem por imprudências dos condutores de veículos.
Reforçou que, apesar do pequeno contingente, a PRF tem atuado na fiscalização, principalmente em trechos perigosos, mas reafirmou a necessidade de maior conscientização por parte dos condutores, no sentido de evitar excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas, entre outros fatores que acabam provocando acidentes.
Duplicação
Ainda sobre os acidentes, a opinião de todos os vereadores presentes se refere à necessidade de ser realizada uma grande obra, definitiva, visando a duplicação da pista. Todos foram unânimes em lembrar que a rodovia, entre o Buraco das Piranhas e a ponte, foi implantada na década de 1980 e concluída em 90, em meio ao Pantanal.
Demorou anos para ser pavimentada, justamente pela necessidade de compactação do aterro. Euro Junior lembrou que até troncos de árvore, argila e outros tipos de materiais da região, foram utilizados. Foi uma rodovia projetada para tráfego de veículos menores, menos pesados. Hoje, carretas bitrens, com cerca de 60 toneladas, trafegam pela BR, resultando em sérios danos ao pavimento.
Por isso, os vereadores já projetam entendimentos com autoridades estadual e federal, para viabilizar a duplicação da rodovia, dotando-a de condições necessárias para suportar o tráfego de veículos pesados, principalmente a partir da projeção de um transporte maior de produtos minerais nos próximos anos, não só pela ferrovia (Malha Oeste), ou hidrovia.
Acompanhamento
O Ministério Público Federal vai acompanhar de perto o desenrolar de todo o processo desencadeado na audiência desta sexta. O procurador Sérgio Thomas Zago destacou a realização da audiência e disse que o MPF vai atuar junto, seguir acompanhando, e que “o trabalho seja constante, sólido e que a gente alcance uma solução ainda que não definitiva, mas para, nesse primeiro momento, dar um passo além do lugar onde estamos atualmente”.
As informações são da assessoria de imprensa da Câmara de Corumbá.
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