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Viagem a MS salvou mãe de ser morta em crime encomendado pela filha

Campo Grande News em 25 de Maio de 2023

Reprodução/Redes Sociais

Viviane, à esquerda, e Carlos, que estão presos preventivamente

Uma viagem para visitar a mãe em Aparecida do Taboado (MS), cidade a 481 km da Capital, salvou uma mulher de ser morta em crime encomendado pela própria filha. A família mora na cidade de Votuporanga, interior de São Paulo. A filha, Viviane Moré, foi presa na segunda-feira (22), sob suspeita de ter ordenado os assassinatos do pai, da mãe e do irmão.

Já outras duas vítimas não tiveram a mesma sorte. O crime ocorreu na madrugada do dia 11 de maio, no sítio da família, no interior paulista. O proprietário Wladmyr Ferreira Baggio, de 56 anos, e o filho Vitor Moré Baggio, de 22, foram encontrados amarrados em cadeiras e com os olhos vendados na cozinha do sítio. Nos corpos, marcas de tiros e sinais de espancamento. Vitor chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Inicialmente, a investigação apontava um latrocínio. Aprofundadas as diligências, a polícia descobriu que o plano seria forjar um roubo, e, então, chegou até Viviane. Uma câmera de segurança flagrou o encontro entre ela e os dois executores do crime, três dias antes, em um posto de combustível da cidade.

Com as diligências, versão dos dois executores - presos - e testemunhas, a polícia acredita que Viviane planejou o crime para herdar sozinha a herança de aproximadamente R$ 2 milhões. Ela e o marido, advogado Carlos Ramos, pagariam R$ 30 mil aos executores, sendo R$ 10 mil de cada vítima morta.

Contudo, o plano não deu completamente certo, pois a mãe de Viviane sobreviveu. Ela viajou às pressas para visitar a mãe, que estava doente, no interior de Mato Grosso do Sul. 

Reprodução/Redes Sociais

Wladmyr, à esquerda da imagem, e o filho Vitor Moré, mortos em SP

Wladmyr tinha um estabelecimento comercial na cidade paulista, sendo que morava com o filho Vitor e a esposa na chácara, próxima ao aeroporto de Votuporanga. O patrimônio do casal, entre bens e dinheiro, foi avaliado em cerca de R$ 2 milhões.

O casal

Viviane e Carlos Ramos não tinham passagens pela polícia. A Justiça decretou a prisão preventiva deles. Os quatro acusados vão responder por latrocínio duplo com agravantes.

Ao Estadão, a advogada Mariflavia Peixe de Lima, que assumiu a defesa do casal, disse que os investigados têm direito à ampla defesa e ao contraditório. “Qualquer afirmação sobre a situação antes de uma sentença transitada em julgado, essa defesa abomina”, disse, em nota.