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Funcionário de terceirizada é preso por corrupção em processos de emissão de RG em Corumbá

Leonardo Cabral em 25 de Maio de 2023

Divulgação/ Polícia Civil

Acusado é funcionário de empresa terceirizada que presta serviço no Instituto de Identificação

Homem identificado pelas iniciais de R.L.M., de 38 anos, foi preso pela Polícia Civil, na terça-feira, 23 de maio, por crime de corrupção passiva. Ele é funcionário de empresa terceirizada que presta serviço para o Governo do Estado, no Instituto de Identificação e realizava atendimento no órgão onde são emitidas as cédulas de identidade.

A prisão dele ocorreu após denúncias de cobranças indevidas, que foram encaminhadas à equipe de investigação da Primeira Delegacia de Polícia Civil de Corumbá. Foram realizados levantamentos de inteligência e investigações que resultaram na prisão em flagrante do indivíduo.

O esquema

O Diário Corumbaense apurou que o método utilizado pelo acusado se apoiava em uma brecha no sistema quando o requerente era isento de taxa. Ele retinha os valores, mas mandava normalmente para o sistema o prontuário da pessoa enquadrada como gratuita. Quando uma terceira pessoa vinha emitir a segunda via, que cabe pagamento de taxa, ele utilizava as guias pagas pelos requerentes isentos, as lançava no sistema e negociava os valores via WhatsApp para receber o dinheiro cobrado diretamente na chave Pix indicada por ele.

Uma vítima compareceu ao instituto e foi atendida por R.L.M., que lhe passou um número de telefone WhatsApp a fim de tirar dúvidas.

Nas conversas, por meio do aplicativo, ele afirmava que o prazo de emissão do RG seria em torno de 20 a 25 dias e que custaria R$ 189,98. Em seguida, dizia que existia uma "forma alternativa”, caso a vítima realizasse o pagamento de R$ 150,00 pelo Pix.

No interrogatório, R.L.M. confessou a prática criminosa e foi indiciado pelo crime de corrupção passiva, que prevê pena de reclusão de 2 a 12 anos, além de multa. "Semanalmente, ele disse que fazia o esquema cinco ou seis vezes e conseguia obter cerca de 1 mil reais", disse a este Diário o delegado da 1ª DPC, Fillipe Araújo Izidio Pereira.

Ele está preso na delegacia e aguarda audiência de custódia, quando o poder judiciário decidirá se responderá ao processo preso ou em liberdade.