"Pedreiro Assassino" soma 120 anos e 11 meses de condenação em sete julgamentos

Cléber de Souza Carvalho, 48 anos, foi condenado a 24 anos e 5 meses de prisão pela morte do jardineiro Hélio Taíra, ocorrida em 2016 a golpes de cabo de enxada. Hoje, no seu 7º julgamento por homicídio, o “Pedreiro Assassino” chegou à condenação de 120 anos e 11 meses, em regime fechado, por assassinatos que chocaram a população.

O julgamento ocorrido na 2ª Vara do Tribunal do Juri terminou no fim da tarde, em Campo Grande. Cléber Carvalho foi condenado a 22 anos de prisão por homicídio qualificado por motivação torpe e emprego de meio cruel e mais 2 anos e 5 meses pela ocultação do cadáver.

Hélio Taíra havia desaparecido no dia 26 de novembro de 2016 e o corpo foi encontrado somente no dia 15 de maio de 2020, cerca de três anos e meio depois do sumiço, quando Cleber foi preso em operação da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio) e contou à polícia onde havia enterrado a vítima.

O corpo do jardineiro foi encontrado sob o piso de casa na Vila Planalto, onde Cléber fazia trabalho e chamou para limpar a frente da casa. O réu justificou o crime dizendo que não gostou de gracejos feitos por Taíra a duas adolescentes que passaram a caminho da escola. A família da vítima se manifestou no julgamento, indignada. “Mentira!”, diziam.

Este foi o último julgamento do “Pedreiro Assassino”. Desde que foi preso, no dia 15 de maio de 2020, confessou as mortes, em relatos frios e que detalhou a crueldade das mortes, a maioria, com golpes na cabeça.

Com esse caso, as penas somadas nos julgamentos da 2ª Vara do Tribunal do Júri chegam a 120 anos, 11 meses e 65 dias-multa. O advogado Dhyego Fernandes, que representou o réu, disse que a pena já teve alteração após recursos em instância superior, mas não precisou quantos anos foram reduzidos.