Campo Grande News em 08 de Abril de 2023
Conforme apurou a reportagem, a retirada do grupo foi feita sem mandado de reintegração de posse e, na tarde de sexta-feira (07), um funcionário da construtora responsável pela obra foi até o local, mas acabou sendo expulso pelos indígenas. Ele então teria procurado a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário da cidade, onde registrou um boletim de ocorrência.
Cerca de 20 indígenas estavam no local desde a tarde de quinta-feira (06). Com os presos foram apreendidos rojões, armas artesanais, facas e um colete balístico. Eles foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Dourados, onde devem ser ouvidos.
Construtora
No dia 14 de março, o Ministério Público Federal pediu informações à Corpal Incorporadora e Construtora. O motivo foi porque a “comunidade está preocupada com existência de uma obra em execução na área reivindicada como tradicional indígena”.
Oficialmente, a Reserva de Dourados foi criada em 1917 com 3.600 hectares. Entretanto, os indígenas afirmam que na época as áreas ocupadas por seus antepassados eram bem maiores e chegavam à barranca do Rio Brilhante.
Com a ampliação do perímetro urbano de Dourados em 2011, sítios e chácaras passaram a dar lugar a condomínios fechados de alto padrão. Atualmente, fica ali o metro quadrado mais caro da segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul.
A reportagem não conseguiu contato com a Corpal Incorporadora. Também procurou o Batalhão de Choque, a Polícia Militar e o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e aguarda o retorno.
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