Campo Grande News em 26 de Março de 2023
Direto das Ruas/Campo Grande News
Movimentação em frente à casa onde garoto de 12 anos se feriu na noite de ontem
O garoto chegou a ser socorrido por um parente para o Hospital Regional, mas não resistiu ao ferimento na cabeça. Segundo revelou a madrasta da criança, que preferiu não se identificar, o garoto teria atirado nele mesmo ao tentar fazer uma foto com a arma do avô. As informações afastam a suspeita inicial de suicídio, ainda de acordo com a esposa do pai do garoto.
“Não foi suicídio. Ontem, os policiais constataram que ele deu um tiro com a mão esquerda, só que ele não era canhoto. O celular dele estava próximo, eles entenderam que ele achou a arma do meu sogro e queria tirar uma foto”, relatou a mulher de 38 anos, a única em condições de falar sobre o assunto neste domingo (26).
O adolescente morava com a mãe e passava os fins de semana com o pai ou com os avós paternos, moradores do Bairro Coophavila 2, onde ocorreu o episódio. Na última sexta-feira (24), como de costume, foi para a casa da avó após sair da escola. De acordo com a madrasta, estava tudo ocorrendo normalmente, inclusive com a presença de outros familiares no imóvel.
“Ele estava brincando, jogando videogame com as crianças, tudo normal”, disse. Quando foi tomar banho, pouco antes das 20h, entrou no quarto, trancou a porta e a fatalidade aconteceu. A arma, um revólver calibre 38, ficava guardada no guarda-roupas e era do avô, que trabalha como segurança particular.
No momento do acidente, estavam na casa os avós, tios, duas primas e o irmão do garoto. “Foi uma loucura, estamos simplesmente arrasados, sem chão, querendo acordar de um pesadelo sem fim”, finalizou.
De acordo com o boletim de ocorrência ao ouvir o barulho, o tio da vítima tentou abrir a porta. Ao constatar que estava trancada, arrombou e encontrou o menino caído no chão com perfuração na cabeça. Os primeiros socorros foram prestados, mas ele não resistiu e morreu logo após chegar ao Hospital Regional Rosa Pedrossian, para onde foi encaminhado.
O avô se ausentou do local por orientação do advogado e até o momento não se apresentou para detalhar como era a rotina de segurança para com a arma, segundo a delegada responsável pelo caso, Karen Viana. Por ser dono do revólver, ele pode responder por omissão.
“Embora (o avô) não tenha dado a arma para a criança ou fornecido, ela deve ser guardada de uma forma a não colocar em risco as outras pessoas da residência, então considerando que a criança era pequena, 12 anos, e que não havia nenhum banco ali no local que ela pudesse subir pra pegar uma arma que tivesse em cima do guarda-roupa, então essa arma já não estava tão escondida assim”, disse.
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