Leonardo Cabral em 21 de Março de 2023
Foto enviada ao Diário Corumbaense
Onça vista por Wanessa atravessando o rio Paraguai
Foi na tarde de quinta-feira, 16 de março. Wanessa retornava com a equipe do Instituto Homem Pantaneiro (IHP) para Corumbá, após trabalho de pesquisa no Pantanal. Para ela, foi uma das cenas "mais encantadoras" de sua vida.
A “Deusa do Pantanal”, como Wanessa se refere à onça-pintada, estava “tranquilamente” nadando no rio Paraguai, na região do Morcegueiro, quando foi vista pelo piloteiro da embarcação que avisou da presença dela.
“Foi um momento mágico, sensação de sonho realizado. Desde a ida até a volta, que terminou com o encontro, eu ia atentamente com os olhos fixos no barranco ao longo do trajeto, para tentar ver uma onça, mas até então, não tinha conseguido ver nada. Estava desanimada, mas com a esperança que poderia ter esse encontro, e no caminho de volta, lá estava ela, nadando, um encontro inusitado que foi mentalizado a todo momento”, falou Wanessa ao Diário Corumbaense.
Ela relembrou a cena com muito entusiasmo. “Só quem fica frente a frente sabe da emoção”, declarou. Quando foi avisada pelo piloteiro sobre a presença do animal, Wanessa contou que garoava, mas não quis nem saber e pegou rápido o celular para registrar esse momento, que além de ser capturado por imagens, vai ficar para sempre na melhor “máquina fotográfica”, que é a memória das lembranças que jamais serão apagadas.
Foto enviada ao Diário Corumbaense
Wanessa fazendo uma "selfie" com a onça ao fundo, mantendo distância para não estressar o felino
A equipe do barco acompanhou a onça até o barranco. De lá, o felino seguiu seu percurso desaparecendo na mata. “Fiquei igual criança, cheguei contando para todo mundo sobre esse encontro maravilhoso, dizem que só as pessoas de alma pura conseguem vera a onça. Foi um privilégio e recompensa do trabalho feito junto ao IHP, pois nessas regiões que fomos, há muito mosquito, nem repelente adianta, porém, o poder da natureza nos dá esses momentos inesquecíveis, como também em poder estar em contato e conhecer pessoas incríveis que ali vivem”, afirmou.
Wanessa junto com a equipe do IHP percorreu toda a região da Serra do Amolar, fazendo coleta de informações de jovens entre 19 a 29 anos, que vivem nessas comunidades ribeirinhas, para um projeto do Instituto, que terá como finalidade formar futuros condutores de ecoturismo no Pantanal de Corumbá.Onça-pintada
Conhecida também como jaguar, jaguaretê, onça-preta (quando melânica), a onça-pintada impressiona pelo porte, pelagem e por ser a principal predadora das nossas florestas.
O animal, que se distribui por quase todos os biomas brasileiros, exceto no Pampa, está atualmente em 19 países da América Central e do Sul. Este dado representa 45% da distribuição de ocorrência histórica do felino, que já foi extinto em outros dois países: Uruguai e El Salvador. Nos rios do Pantanal encontramos a maior densidade da espécie, mas também indícios de perda de habitat e caça.
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Walquiria Moura: Top. Top. Top. Como deve ser mara a sensação. Nosso pantanal é rico demais.
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