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Em uma semana, Corumbá registra mais 454 suspeitas e 51 confirmações de dengue

Leonardo Cabral em 16 de Março de 2023

Gisele Ribeiro/PMC

Somente em dois mutirões, 50 toneladas de lixo foram retiradas de quintais e terrenos baldios

Com 454 notificações a mais de dengue no intervalo de uma semana, Corumbá registra 2.493 suspeitas da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. É o que revela o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, referente à semana 10, emitido nesta quinta-feira, 16 de março.

O boletim indica que, em uma semana, Corumbá também teve 51 pessoas a mais diagnosticadas com dengue. Agora, são 273 casos positivos. Até a semana passada, o maior município pantaneiro registrava 222 confirmações da doença.

O período de chuvas ajuda na proliferação do mosquito, que, além da dengue, é responsável pela transmissão da febre chikungunya e zika vírus. Na cidade, as chuvas estão sendo constantes, o que requer maior atenção por parte da população, que deve se atentar em não deixar recipientes que servem como criadouro do mosquito transmissor.

Ainda de acordo com as informações do boletim epidemiológico do Estado, Corumbá segue sem nenhuma morte provocada pela doença, porém, em todo o Mato Grosso do Sul, cinco pessoas já perderam a vida para a dengue, entre elas, um adolescente de 14 anos, na cidade de Dourados.

Mais de 50 toneladas de lixo

Os dois últimos mutirões de combate à dengue, realizados pela Prefeitura, retiraram 56 toneladas de lixo nos bairros Aeroporto e Cristo Redentor. No Aeroporto, a ação aconteceu nos dias 10 e 11 de março. De lá, foram retiradas 32 toneladas de materiais que poderiam servir como potenciais criadouros para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

No Cristo Redentor, na primeira semana deste mês, o trabalho das equipes da Secretaria Municipal de Saúde; Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos e dos militares do 6° Distrito Naval da Marinha do Brasil, recolheu 24 toneladas de lixo.

Mosquito é doméstico

A dengue pode ser evitada, se cada pessoa se dedicar ao menos 10 minutos do dia, para limpezas de recipientes, que possam servir como criadouro do mosquito transmissor, que é doméstico, conforme apontam especialistas.

A doença é causada por um vírus, transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Os sintomas incluem febre, dores no corpo, dor de cabeça e manchas avermelhadas. Manifestações hemorrágicas, quando ocorrem, podem indicar um caso mais grave da infecção.

Por isso, o alerta junto à população para que evite a proliferação com hábitos totalmente corriqueiros e fáceis, onde são sugeridos como: não deixar água acumulada; manter o saco de lixo bem fechado e fora do alcance dos animais até o recolhimento pelo serviço de limpeza urbana; manter a caixa d'água completamente fechada para impedir que vire criadouro do mosquito; manter bem tampados tonéis e barris d'água.

Também encher de areia até a borda os pratinhos dos vasos de planta; lavar semanalmente por dentro, com escova e sabão, os tanques utilizados para armazenar água; remover folhas e galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas; jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias; colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada; não jogar lixo em terrenos baldios e lavar principalmente por dentro, com escova e sabão, os utensílios usados para guardar água em casa, como jarras, garrafas, potes, baldes.

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