G1/Maranhão em 15 de Março de 2023
Montagem/G1
Açougueiro foi preso por cárcere privado
Segundo a polícia, a garota de 12 anos era procurada desde o dia 06 e foi encontrada nesta terça-feira (14) , trancada em uma quitinete. Eduardo acabou preso e agora é investigado por cárcere privado e também estupro, mesmo sem haver confirmação de relação sexual. A legislação considera estupro de vulnerável mesmo quando não há conjunção carnal. Antes, ele não tinha passagens pela polícia.
De acordo com o delegado Marconi Matos, da Delegacia de Homicídios, em São Luís, a menina conversava com Eduardo desde quando ela tinha 10 anos. "Ele passou dois anos aliciando a jovem, nós temos que ter cuidado, ver o que nossas crianças estão fazendo no celular, no computador, temos que redobrar a nossa atenção dos nossos filhos, para não cairmos em uma situação dessa", declarou o delegado.
Na semana passada, Eduardo foi até o Rio de Janeiro e levou a menina da porta da escola em Sepetiba, na Zona Oeste do Rio, em um carro de viagens por aplicativo até o bairro da Divinéia, na periferia de São Luís. Ao todo, foram 3,1 mil quilômetros de viagem, em pelo menos dois dias dentro do automóvel, numa corrida que custou R$ 4 mil.
A polícia investiga se o suspeito pediu uma corrida por um aplicativo ou se combinou a viagem diretamente com o motorista. “Nós conseguimos, através de informações entre a delegada do Rio de Janeiro e a nossa equipe de inteligência, chegar ao local do possível cárcere da jovem. Ela se encontrava trancada em uma quitinete no bairro da Divinéia. Estávamos tentando abrir a porta, quando ela abriu a janela. Percebemos realmente que ela ficava trancada dentro da casa. Um crime de sequestro, ela só tem 12 anos de idade”, afirmou o delegado Marconi Matos.Pais terão de ir ao Maranhão
Os pais agora tentam juntar dinheiro para buscá-la, pois a menina é menor de idade e não possui documentação. Até o momento, ela está sob cuidados do Conselho Tutelar na Casa da Mulher Brasileira, um centro de referência no atendimento a mulheres em situação de violência, em São Luís.
"A polícia explicou que ela é menor e está sem documentos. Então nós vamos ter que ir lá buscá-la. Só que nem eu nem a mãe dela temos condições financeiras. Estamos vendo como vamos fazer para arrecadar o valor das passagens de ida e volta", disse o pai ao G1.
Mesmo preocupado em como fazer a viagem, o pai comemorou o encontro da filha pelas polícias do Rio e do Maranhão, onde a menina era mantida.
"Pediram para a família manter a calma e reiteraram que ela estava bem. Estou aliviado. Finalmente minha filha vai voltar para casa", disse. O pai contou ainda que a mãe da menina passou mal durante a semana com pressão alta e nos últimos dias chegou a perder a voz. "Ela está ansiosa para dar um abraço na filha", disse.
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