Especialista explica como planejar mudança profissional e com autoconhecimento

Insatisfação, sensação de incômodo, frustração e desvalorização. Esses são alguns dos sintomas de quem está se sentindo estagnado e infeliz na atuação profissional em que se encontra. Pesquisas realizadas por consultorias em Recursos Humanos têm mostrado o que o mercado de trabalho tem notado com frequência: profissionais com vontade de mudanças na carreira. 

“A sensação é de um incômodo profundo de que algo precisa mudar, de que não há mais propósito no que se está fazendo, falta de reconhecimento e valorização, inclusive financeira, são evidências de que chegou o momento de se pensar em uma transição de carreira. E mais, é perceber que o momento profissional não cabe mais na rotina pessoal”, pontua a mentora em carreira, Richely Tamura, que complementa ao dizer que a transição de carreira acontece, na maioria das vezes, quando se percebe uma necessidade de mais qualidade de vida, novos propósitos, nova rotina, maturidade e flexibilidade. 

A principal rede social profissional, o LinkedIn, entrevistou, recentemente, mais de mil brasileiros e 49% deles disseram que consideravam mudar de emprego. O índice aumentava entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, com 61%. 

“A transição de carreira não está diretamente ligada apenas quando o trabalhador fica desempregado, ela pode ser de várias maneiras: uma troca de empresa, de cargo ou área de atuação no local onde já se trabalha; mudança de regime de trabalho – de CLT para empreendedor, por exemplo”, explica Richely. O importante, de acordo com a especialista, é detectar essa vontade, buscar uma clareza para onde se quer ir e planejar. 

“Essa mudança de carreira vai me afetar financeiramente? Vou precisar fazer uma reserva de dinheiro até que eu consiga a nova colocação profissional? Quais habilidades vou precisar desenvolver? Quais talentos já tenho? Qual será o período de adaptação? Quais serão os caminhos para que eu chegue com segurança e tranquilidade até ao objetivo de mudança? Esses questionamentos ajudam o profissional a ter um autoconhecimento e a entender de que nada do que ele fez até agora será jogado fora. Todo o estudo, conhecimento, vivências e experiências serão agregadas ao que se quer conquistar”, argumenta. 

Orientações básicas para uma transição de carreira:
- Invista em autoconhecimento;

Conheça as próprias potencialidades, valores, objetivos, visão de mundo e o que não faz sentido para si é importante para qualquer mudança e para o entendimento do que verdadeiramente te motiva.

- Valorize e Desenvolva habilidades da carreira pretendida;

Quais habilidades já tem e  quais são as competências necessárias para a carreira que pretende alcançar. Se necessário, invista em cursos ou outras formas de aperfeiçoamento.

 - Faça um planejamento financeiro.

Pesquise tudo sobre a carreira alternativa, inclusive sobre o retorno financeiro.  Responda a seguinte pergunta: você teria recursos para se manter enquanto se aperfeiçoa na nova carreira? Se não, mantenha a calma, poupe o necessário ou busque novas fontes de renda até se sentir preparado. 

Sobre Richely Tamura

Atua para o desenvolvimento humano com mentorias de carreira e liderança. Formada em farmácia, por quase duas décadas trabalhou na indústria farmacêutica e com menos de 30 anos assumiu o primeiro cargo de gestão. Vivenciou a própria transição de carreira e com ferramentas de coach, há quatro anos, ajuda e orienta outros profissionais a serem protagonistas da própria carreira.  

Para conhecer mais, visite o perfil @richelytamura no Instagram.