Portal de Notícias de MS em 16 de Fevereiro de 2023
Em reunião do Gease-MS (Grupo Especial de Atenção à Suspeita de Enfermidades Emergenciais ou Exóticas de Mato Grosso do Sul) realizada na quarta-feira (15), na Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), foi definido que, além de uma campanha preventiva, será reforçada e intensificada a fiscalização sanitária na região da fronteira do Estado com a Bolívia.
As ações preventivas começaram nesta semana nos assentamentos de Corumbá e Ladário em ação conjunta da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) com a Iagro (Agência Estadual de Sanidade Animal e Vegetal).
Na terça-feira (14), coordenadores locais da Agraer e Iagro se reuniram com os membros do CMDRS (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Sustentável) de Corumbá, que integra representantes de pescadores, ribeirinhos, quilombolas e agricultores tradicionais do Pantanal.
No decorrer da semana, a campanha preventiva também foi levada aos moradores dos assentamentos que estão na área de fronteira com a Bolívia: o assentamento 72, em Ladário; o Tamarineiro (I e II) e o Paiolzinho, em Corumbá. Na próxima semana, a equipe prevê uma reunião no assentamento São Gabriel, às margens da BR 262, em Corumbá.
Desde esta quinta-feira (16), os fiscais da Iagro e do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) intensificam a vigilância e fiscalização na região da fronteira de Mato Grosso do Sul com a Bolívia. A ação ocorre no Posto Esdras e no Buraco das Piranhas (Base da PMA), com vistorias em todos os veículos, conforme o protocolo do Mapa e o repasse de orientações às pessoas sobre a gripe aviária e o que pode ser feito para evitar a disseminação da doença.
Até o momento, nenhum caso de gripe aviária foi confirmado no Brasil, por isso ela é considerada uma doença exótica em território nacional. A orientação do governo federal é de que produtores rurais, técnicos agrícolas e criadores fiquem alertas para as aves com sinais respiratórios, nervosos, digestivos ou alta mortalidade, inclusive em aves de vida livre. Nesses casos, avise imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial de sua cidade ou pela internet na plataforma e-Sisbravet.
Sobre a doença
A disseminação da Influenza Aviária pelo mundo ocorre pela circulação de aves migratórias, por isso, ela tem preocupado governos por ser uma doença viral altamente contagiosa e fatal que afeta aves domésticas e silvestres com graves consequências ao comércio internacional de produtos avícolas. A Influenza Aviária também pode ser transmitida para humanos, mas não é uma doença transmitida pela carne de aves e nem pelo consumo de ovos.
De acordo com o Mapa, o período de maior migração de aves do Hemisfério Norte para a América do Sul vai de novembro a abril. Por isso, neste momento, o trabalho que vem sendo realizado é o aumento das ações de vigilância pelo serviço veterinário oficial e órgãos ambientais e o reforço das medidas de biosseguridade nas granjas pelos produtores, com o objetivo de detectar rapidamente o eventual ingresso da doença no país e mitigar os riscos de sua disseminação.
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