Leonardo Cabral em 04 de Fevereiro de 2023
Foto enviada ao Diário Corumbaense
Agente da Vigilância em Saúde em campo, verificando quintais de residências
Além dos casos confirmados, Corumbá soma 291 notificações de suspeitas da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Os dados são do mais recente boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde, emitido no dia 1° de fevereiro.
O boletim aponta que Corumbá está com média incidência da doença, dentro da faixa de 100 a 300 casos por 100 mil habitantes.
A cidade começou a crescente nos números de notificações e casos positivos a partir da semana epidemiológica 02, quando, até então, mantinha 79 casos prováveis da doença e quatro casos positivos e permanecia com baixa incidência. Abaixo de 100 casos por 100 mil habitantes.
“Precisamos trabalhar em conjunto e, principalmente, com a participação de cada morador no cuidado com os quintais. Estamos em um momento em que os casos estão se elevando e, com isso, a prevenção sempre é a melhor solução. Dez minutos durante a semana que a pessoa tira para cuidar dos quintais, já pode barrar o crescimento de potenciais criadouros do mosquito. Então, precisamos da ajuda de todos. Quando os sintomas aparecerem, a população precisa procurar uma unidade básica de saúde para avaliação, ficar atento aos sinais de alerta e realizar o retorno programado conforme solicitado pela unidade de saúde. Nossas equipes estão incansavelmente fazendo orientações, bloqueio mecânico, mas principalmente a ajuda da população é importante nesse trabalho contra o mosquito", disse ao Diário Corumbaense a gerente em Vigilância em Saúde, Luciana Ferreira Ambrósio Barbosa.
Ainda de acordo com Luciana, a doença tem duração de cinco a sete dias (máximo de 10), mas o período de recuperação pode ser acompanhado de grande debilidade física, e prolongar-se por várias semanas.
“Os ovos não são postos diretamente na água limpa, mas milímetros acima de sua superfície, em recipientes tais como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos de vasos de plantas ou qualquer outro que possa armazenar água de chuva. Quando chove, o nível da água sobe, entra em contato com os ovos e estes eclodem em poucos minutos. Em um período que varia entre cinco e sete dias, a larva passa por quatro fases até dar origem a um novo mosquito”, explicou a gerente de Vigilância em Saúde.
Bairros com maior incidência
Conforme apurado pelo Diário Corumbaense junto a Secretaria Municipal de Saúde, dados do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), revelam que até 28 de janeiro deste ano, Corumbá registrou 346 notificações de dengue. Nesse período foi observado um aumento exponencial no número de casos confirmados e notificados da semana epidemiológica 1 a 4.
Ainda conforme o CIEVS, o bairro com maior número de notificações de dengue é o Guatós, com 49 casos prováveis, seguido do Popular Nova com 33 e Popular Velha 26.
Dengue
Especialistas dizem que 10 minutos ao dia, são suficientes para cada morador olhar a sua residência e os quintais e eliminar os locais que servem como criadouro, evitando que o mosquito se prolifere nesses locais, principalmente com água parada, como em pneus, garrafas de vidro, acúmulo de lixo entre outros.
A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti. Por isso, as autoridades em saúde reforçam a importância de a população ser um aliado das ações de prevenção.
Os principais sintomas são febre alta; dores musculares intensas; dor ao movimentar os olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo.
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