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Campo Grande: homem torturava esposa com maçarico, isqueiro e jatos de inseticida

Campo Grande News em 31 de Janeiro de 2023

Direto das Ruas/Campo Grande News

Movimentação de policiais militares e bombeiros no local onde a vítima foi resgatada

Mulher de 20 anos torturada e mantida pelo marido de 27 anos em cárcere privado, recebia jatos de inseticida e foi estuprada. O caso foi registrado na noite de ontem (30), no bairro Santo Amaro, em Campo Grande.

O agressor foi preso em flagrante e levado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). No banheiro da residência foram encontrados tufos de cabelos da vítima que eram queimados pelo autor.

Conforme a Polícia Militar, a denúncia partiu do irmão da jovem que acionou a equipe policial. Ao chegar na casa, a polícia foi recebida pelo autor, que negou o crime. Porém, os policiais viram pelo portão que havia alguém dentro do imóvel. A vítima foi encontrada nua sob os lençóis e com marcas de queimaduras pelo corpo.

O casal estava junto há 1 ano e 4 meses. A vítima havia comemorado o aniversário no último sábado (28) com o marido, mas após uma discussão, o homem agrediu a companheira e confiscou seus equipamentos eletrônicos. Durante o contato com a família, o autor do crime obrigou a mulher a dizer que estava bem e que passaria alguns dias no hospital com o homem.

Segundo a delegada Larissa Franco Serpa, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), os objetos utilizados para a tortura foram apreendidos. No local, foi encontrada uma faca de 30 centímetros usada para ameaçar a vítima, além de um ferro de passar, maçarico, pomadas de queimadura e isqueiros.

O Corpo de Bombeiros encaminhou a jovem para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida para atendimento médico. Conforme apurado pela reportagem, o autor feria a companheira e depois comprava medicamentos para curar os ferimentos. A vítima foi encontrada em estado de choque, amarrada por fita silver tape. 

Havia pouco mais de 3 meses que o casal vivia na casa alugada no bairro. “Os dois não tinham rotina de sair de manhã para trabalhar. Ele não falava com ninguém. Achávamos que era um casal normal, só bem restrito. Eles eram bem fechados”, disse uma vizinha.