Polícia indicia garçom que espancou artista plástico na Capital

O garçom Rodrigo Victor foi indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal grave, acusado de espancar o artista plástico Jonir Benedito de Figueiredo, 71 anos, no dia 20 de dezembro do ano passado. Jonir recebeu alta do hospital no dia 16 de janeiro e se recupera em casa das lesões sofridas.

Rodrigo prestou depoimento à polícia, ocasião em que confessou ter dado dois socos e uma "voadora" na vítima, alegando ter sido provocado e agredido antes. Ele foi ouvido e liberado para responder em liberdade.

O caso ainda não foi fechado, pois a polícia ainda aguarda o exame médico de Jonir, para ser anexado ao inquérito. "Aí irei complementar e fechar", pontuou o delegado que está à frente do caso, Giulliano Biaccio, da 1ª Delegacia de Polícia Civil da Capital.

Caso

A agressão aconteceu na noite do dia 20 de dezembro do ano passado. Jonir estava em um bar na rua Antônio Maria Coelho, quando, após discussão com o namorado de uma amiga, foi espancado, principalmente na cabeça.

O artista plástico foi deixado ferido na calçada pelo agressor, mas não quis chamar a polícia e, como o celular estragou na confusão, colegas chamaram motorista de aplicativo. Conhecidos teriam pedido para que ele fosse ao hospital, mas ele se negou e seguiu para casa.

No dia seguinte, o artista plástico foi visto na Fundação de Cultura. Na ocasião, Jonir se limitou a dizer que havia apanhado, mas não comentou quem seria o agressor. Três dias depois ele foi encontrado inconsciente em sua casa no Bairro Amambaí.

Jonir foi levado para o Hospital Evangélico e depois transferido para a Santa Casa, com coágulos no cérebro. O caso só foi divulgado por conta do estado de saúde e um pedido de ajuda financeira por parte dos amigos do artista.

Durante o tratamento no hospital, os coágulos reduziram de tamanho e ele não precisou passar por cirurgia. Jonir recebeu alta e foi para casa. De acordo com a prima dele, Suzana Melo, o artista segue com tratamento fisioterapêutico domiciliar.