Campo Grande News em 26 de Janeiro de 2023
Informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil são de que ela contou que saiu de casa no dia do crime para ir tomar banho de rio e ao voltar, em torno de 19 horas, foi informada pela irmã que o namorado da mãe a havia agredido e ela estaria desacordada no quarto.
A irmã da autora teria contado que o quarto da mãe estava fechado e ao olhar pela janela a viu deitada na cama, aparentemente desacordada. Maikon estaria sobre ela, enforcando-a. Foi então que a irmã mais nova teria gritado para que Maikon cessasse as agressões, e fugiu do local. Depois disso, a irmã mais velha entrou no quarto e viu mesmo que a mãe estava desacordada. Foi então que ligou para o padrasto, mas ele não atendeu.
A jovem então peou o carro, na companhia de uma amiga, e foi até o local em que Maikon poderia estar, porém não o localizou. No momento em que retornava para sua residência, ela recebeu uma ligação de Maikon, que confirmou ter agredido fisicamente a parceira e afirmou que estava em um mercado do bairro, bebendo.
A filha foi até lá e o viu agachado em frente ao local. Foi então que, dirigindo, ela avançou na direção de Maikon e o atropelou. Ao ser questionada acerca de sua intenção, ela afirmou à polícia que ficou desesperada com a situação da mãe e que queria apenas assustá-lo. “Tanto homem matando mulher”, comentou no depoimento.
Sobre ter engatado a marcha ré e atingido o padrasto novamente com o carro, ela relatou que não se lembra desse momento e quanto a procurar a polícia para resolver a situação, ela destacou que não pensou nisso porque imaginava que Maikon havia fugido.
No relato, a jovem ainda afirmou que Maikon fazia uso constante de álcool e drogas, não sabendo especificar o tipo e que quando estava sob efeito dessas substâncias ficava agressivo com a sua mãe, e que antes do que viu no dia 22, nunca havia presenciado outra agressão dele contra sua mãe. Ela se apresentou apenas hoje por medo, e não contou onde ficou escondida nos últimos dias.
Ela foi indiciada pela prática do delito de homicídio qualificado pelo motivo fútil e pelo emprego de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. Por ter sido encontrada uma garrafa de cerveja na porta do lado do motorista do carro usado no crime, ela também será investigada por suposta prática de condução de veículo automotor com capacidade psicomotora alterada.