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Anderson Torres fica em silêncio durante depoimento à Polícia Federal

TV Globo e Globonews em 18 de Janeiro de 2023

Arquivo/Getty Images

Anderson Torres, que foi ministro de Bolsonaro, chegou da Flórida ao Brasil no sábado (14) e foi preso

Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, ficou em silêncio durante depoimento à Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (18). Pouco antes das 10h30 (horário de Brasília), uma equipe da corporação chegou ao 4º Batalhão da Polícia Militar do DF, no Guará, onde ele está preso. No entanto, o ex-ministro disse que não tinha declarações a dar aos investigadores. Os servidores deixaram o local pouco antes das 12h.

Torres é alvo de investigação por suspeita de omissão na contenção dos atos terroristas cometidos por bolsonaristas radicais nas sedes dos três poderes, em Brasília, no dia 08 de janeiro. Na data, ele chefiava a segurança pública do DF. Ele nega conivência com os atos.  

Torres foi preso no sábado (14), por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Quando a prisão foi decretada, no dia 10 de janeiro, Anderson Torres estava de férias com a família nos Estados Unidos. Após a ordem, ele voltou ao país e foi detido no Aeroporto de Brasília. 

Reprodução/TV Globo

4º Batalhão da PMDF, onde Anderson Torres está preso

Durante uma operação realizada pela Polícia Federal na casa do ex-ministro, foi encontrada uma minuta de um decreto para instaurar estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e mudar o resultado das eleições de 2022. Anderson Torres afirma que recebeu o documento de populares e que pretendia descartá-lo.  

O que disse Anderson Torres? 

Horas após os atos terroristas em Brasília, na madrugada do dia 09 de janeiro, Anderson Torres se pronunciou pelas redes sociais, repudiou os ataques e negou conivência com os vândalos bolsonaristas.

"Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos", escreveu. Na oportunidade, ele chamou os atos antidemocráticos de "execrável episódio".

"Em um caso de insanidade coletiva como esse, há que se buscar soluções coerentes com a importância da democracia brasileira", disse.

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