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Corumbá encerrou 2022 com 800 notificações prováveis de dengue; início de ano já tem oito positivos para a doença

Leonardo Cabral em 15 de Janeiro de 2023

Foto enviada ao Diário Corumbaense

Cuidados básicos, como manter reservatório de água fechado, evitam a proliferação do mosquito

Corumbá chegou à semana 52, última de 2022, próxima das mil notificações de dengue. Durante todo o ano passado, a cidade pantaneira registrou 800 casos prováveis da doença, com 158 positivos. Os dados são do mais recente boletim epidemiológico. O levantamento é divulgado semanalmente pela Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo o boletim, as mulheres foram o público com maior índice de notificações de dengue ao longo do ano, com 55% dos registros. Os homens apareceram com 45% das notificações.

As pessoas na faixa etária dos 20 aos 29 anos de idade, são as que mais foram notificadas, com 190 casos. Logo atrás, o público entre 10 a 19 anos, com 162 casos prováveis. Dos casos verificados por critério de confirmação, 44% são de laboratórios. Critério clínico epidemiológico representa 56% do público.

A gerente em Vigilância em Saúde, Luciana Ferreira Ambrósio Barbosa, alertou que no boletim epidemiológico da semana 52, há 359 casos em aberto, o que pode mudar ou não a situação dos casos positivos em 2022. “Temos os casos em aberto que vão entrar em janeiro, para, de fato, fechar os casos descartados ou confirmados”, pontuou.

Primeira semana de 2023

Diário Corumbaense apurou que na primeira semana de janeiro de 2023 a cidade pantaneira apareceu com 08 casos positivos para dengue e 37 notificações. A cidade também registrou duas internações em razão da doença, entre elas, uma criança de três anos.

A gerente em Vigilância em Saúde chamou atenção da população para que haja consciência em conter a proliferação do mosquito transmissor (Aedes aegypti) e destacou as ações de combate realizadas pelo município.

“Com o período de chuvas, a atenção tem que ser redobrada por parte da população, para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor não só da dengue, mas também da zika vírus e chikungunya, doenças que podem levar a óbito. O principal ‘soldado’ nessa luta, travada contra o Aedes aegypti, é a população. Se cada um fizer a sua parte, mantendo todos os cuidados necessários, é possível ‘frear’ os registros da doença já neste início do ano. Mas, na prática, a situação é bem difícil”, explicou Luciana.

Foto enviada ao Diário Corumbaense

Ação realizada no início de janeiro pela equipe de Saúde na parte alta da cidade

Em toda a cidade, há locais que servem como criadouro do mosquito, que se prolifera dentro das casas, nos terrenos baldios e imóveis abandonados. Sem contar que janeiro é um mês em que se registra maior volume de chuva e isso acaba sendo propício para a proliferação do mosquito transmissor, considerado doméstico.

Ações de combate

“Enquanto poder público, realizamos várias ações, tanto bloqueio químico, como orientação junto aos moradores, até mesmo a retirada de material orgânico e isso ocorre toda sexta e sábado, quando nossas equipes percorrem os bairros da cidade”, disse Luciana. 

Especialistas dizem que 10 minutos ao dia, são suficientes, para cada morador olhar a sua residência e os quintais e eliminar os locais que servem como criadouro, evitando que o mosquito se prolifere nesses locais, principalmente com água parada, como em pneus, garrafas de vidro, acúmulo de lixo entre outros.

A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão ocorre através da picada do mosquito Aedes aegypti. Por isso, as autoridades em saúde reforçam a importância de a população ser um aliado das ações de prevenção.

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