Leonardo Cabral em 10 de Março de 2022
Reprodução/El Deber
Mario Terán Salazar morreu aos 80 anos
As informações são de que o suboficial aposentado, de 80 anos, morava em Santa Cruz e estava internado na Corporação da Previdência Social Militar (Cossmil), onde tratava de doença devido a idade.
A foto de Mario Terán Salazar, ficou mundialmente conhecida em 1967, capturada pela jornalista francesa Michele Ray. Segundo o Instituto de Pesquisas Históricas Militares da Bolívia, Terán participou da operação de captura de 'Che'.
De acordo com reportagem publicada em outubro de 1967 pela revista Paris Match, o então sargento, após a captura, recebeu ordem de abrir fogo contra o guerrilheiro.
"Esse foi o pior momento da minha vida. Naquele momento eu vi 'Che' grande, muito grande, enorme. Seus olhos brilharam intensamente. Eu senti como se ele estivesse em cima de mim e quando ele olhou para mim, isso me deixou tonto. Achei que com um movimento rápido 'Che' poderia pegar minha arma. 'Fique calmo', ele me disse, 'e me olhe bem! Você vai matar um homem!”. Então, dei um passo para trás, em direção à soleira da porta, fechei os olhos e atirei”, contou Terán na época em entrevista, descrevendo como matou o guerrilheiro.
O general aposentado Gary Prado Salmón, que liderou a operação para capturar 'Che' Guevara, confirmou ao El Deber a morte de Terán.
"Ele era um homem corajoso, que se formou na Escola de Sargentos em 1961. Mantive contato com ele, o que mais o preocupava era o assédio da imprensa, porque ele queria manter o anonimato, porque ele simplesmente acatou a decisão que veio da presidência", disse em contato telefônico.
O “Che”
Ernesto Rafael Guevara de la Serna, mais conhecido como Che Guevara, foi um revolucionário marxista, médico, autor, guerrilheiro, diplomata e teórico militar argentino. Uma figura importante da Revolução Cubana, seu rosto estilizado tornou-se um símbolo contracultural de rebeldia e insígnia global na cultura popular.
Guevara continua a ser uma figura histórica venerada e desprezada, polarizada no imaginário coletivo em uma infinidade de biografias, memórias, ensaios, documentários, canções e filmes. Como resultado de seu martírio percebido, suas invocações poéticas para a luta de classes e seu desejo de criar a consciência de um "Novo Homem" impulsionada por incentivos morais e não materiais, Guevara tornou-se um ícone por excelência de vários movimentos de esquerda.
A revista Time nomeou-o uma das 100 pessoas mais influentes do século XX, enquanto uma fotografia de Alberto Korda, intitulada Guerrillero Heroico, foi citada pela Maryland Institute of Art como "a mais famosa fotografia do mundo".
Com informações do jornal El Deber e Wikipédia.
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