Cinco pessoas são alvos de ação da PF após movimentarem quase R$ 27 milhões na fronteira

Com a finalidade de desarticular uma associação criminosa formada por cinco pessoas, sendo quatro delas da mesma família, a Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira, 09 de julho, a Operação Asclépio. Eles ocultavam bens adquiridos por meio da prática dos crimes de evasão de divisas e operação de câmbio não autorizada, passando pela fronteira de Corumbá, chegando a uma movimentação de quase R$ 27 milhões em um ano.

A operação cumpre seis mandados judiciais de busca e apreensão e dois de prisão preventiva. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Pontes e Lacerda/MT, Penedo/AL e Teixeira de Freitas/BA. Também foi determinado sequestro de bens dos investigados. Em Corumbá, não ação de hoje, não houve prisão e nem apreensão.

Conforme a PF, a investigação se iniciou após os pais da família serem presos em flagrante tentando entrar em território boliviano, pela fronteira entre as cidades de Corumbá e Puerto Quijarro, com R$ 20.500,00.

Durante o flagrante na fronteira, o filho do casal pediu para seu amigo retirar certa quantia guardada em uma residência,  em Corumbá, momento em que este foi surpreendido com grande volume de dinheiro em espécie. Foram apreendidos R$ 150.500,00. Dois dos alvos, que eram amigos, cursavam medicina na cidade boliviana de Puerto Quijarro, onde se aproveitavam do trânsito diário na fronteira para praticarem crimes contra o sistema financeiro.

Também foram verificadas movimentações financeiras atípicas, totalmente diversas das atividades supostamente exercidas pelos investigados. Ao todo, os suspeitos movimentaram R$ 26.830.141,22 entre 01 de janeiro de 2017 e 30 de setembro de 2018. A origem do dinheiro não foi informada pela PF.

Asclépio

Asclépio vem do nome atribuído ao deus grego da medicina. Os mitos do paganismo greco-romano personificam Asclépio como um médico ou curandeiro, o qual sempre portava um bastão com uma serpente enrolada. O bastão de Asclépio tornou-se símbolo da medicina contemporânea e tem sido ostentado, inclusive, pelos principais investigados nesta operação policial, dado que, à época dos fatos, estudavam medicina no país boliviano.