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Semana foi de recordes de mortes e pessoas internadas por covid-19 em MS

Portal de Notícias do Governo de MS em 20 de Março de 2021

Divulgação

Número de internações chegou a 968 na sexta-feira (19)

Apesar de o Governo do Estado ter adotado uma série de medidas de combate à covid-19 e estar liderando a aplicação das vacinas em nível nacional, Mato Grosso do Sul teve sua pior semana em relação a pandemia do coronavírus, com recordes de mortes e pessoas internadas devido a doença.

De segunda (15) até sexta-feira (19) foram registrados 5.661 casos novos de covid no Estado, com 162  mortes neste período. O recorde de óbitos desde o começo da pandemia ocorreu na quarta-feira (17) com 42 (mortes) notificadas em apenas um dia. Trata-se da mesma quantidade de vidas perdidas para a dengue em todo o ano de 2020. 

"Até nesta sexta-feira (19) já se superou todas as mortes de fevereiro, mesmo faltando ainda 12 dias para acabar o mês (março)", constatou o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende.  Ao todo já são 200.017 casos da doença no Estado, com 3.775 óbitos, desde o começo da pandemia.

Outros dados preocupantes se referem ao recorde de pessoas internadas nos hospitais do Estado. Na segunda-feira (15) já se chegou ao patamar mais elevado da pandemia, com 832 pessoas, que seguiu para números maiores ao longo da semana, com 893 na terça-feira (16), 921 na quarta-feira (17), 956 na quinta, chegando a 968 (internados) na sexta-feira (19).

A lotação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no Sistema Único de Saúde (SUS) também gerou preocupação das autoridades públicas e sanitárias, como a macrorregião de Campo Grande que chegou a 107% de ocupação na quinta-feira (18).

Já Corumbá teve dois dias seguidos (segunda e terça) com 105% (ocupação). Dourados teve os piores números na quinta e sexta, com 98% de ocupação. A macrorregião de Três Lagoas chegou a 100% na terça-feira (16), reduziu um dia depois (quarta) para 78% e nos dois últimos dias da semana ficou acima de 90%.

Medidas

Desde o último domingo (14) entrou em vigor o novo toque de recolher, que durante 14 dias, vai funcionar das 20h até às 05 da manhã. Neste horário só podem funcionar os serviços de saúde, transporte, alimentação por meio de delivery, farmácias e drogarias, funerárias, postos de combustíveis e indústrias, assim como aqueles considerados essenciais.

Aos sábados e domingos, os serviços que não são classificados como de natureza essencial  têm regime especial de funcionamento. Só poderão abrir e atender o público entre 05 e 16 horas. Os estabelecimentos devem funcionar no máximo com 50% de sua capacidade, seguindo ainda outras medidas de biossegurança, como distanciamento social, de um metro e meio entre as pessoas.

Durante toda a semana o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, reafirmou a necessidade de a população seguir as medidas de prevenção contra a covid, como distanciamento social, uso de máscaras, higienização das mãos e evitar aglomeração, contribuindo com o isolamento social. Ainda criticou aqueles que se opõem às medidas de restrição. 

“Há uma coisa muito triste: pessoas querendo contestar o decreto, como aconteceu no Amazonas. Essas pessoas que organizaram esse tipo de manifestação estão sendo os mensageiros da morte”, afirmou.

Mato Grosso do Sul inclusive aparece na 25ª posição entre os estados em relação ao índice de isolamento, com 31,3% registrados na última quarta-feira (17). Ele só fica em situação melhor que Santa Catarina e Espírito Santos, que ainda tem índices menores. Campo Grande por sua vez está na última colocação (31,17%) entre as capitais.

Cenário

O último levantamento feito pelo programa “Prosseguir”, divulgado na quinta-feira (18), aumentou de 31 para 44 cidades na bandeira vermelha e Campo Grande entrou para bandeira cinza, que é considerado de “risco extremo” de contaminação do vírus. Já a bandeira laranja, de risco médio, caiu de 38 para 32 cidades.

Apenas duas cidades (Jateí e Novo Horizonte do Sul) apareceram na bandeira amarela, que é considerada de nível “tolerável” e nenhum município se encaixou na cor verde, que é a situação de baixo risco. Dos 79 municípios do Estado, 39 permaneceram na mesma bandeira, 29 regrediram de situação e apenas 11 cidades melhoraram de situação.