Da Redação com Portal de Notícias de MS em 19 de Março de 2021
Saul Schramm/Governo do Estado
Só o aumento de restrições e trabalho conjunto com municípios poder evitar o que ninguém quer - o lockdown, disse secretário
O quadro, segundo ele, é extremamente preocupante, em decorrência da pressão exponencial de novos casos e o risco de esgotamento do sistema de saúde. “Precisamos trabalhar com a realidade: ou conseguimos fazer um isolamento social realmente eficiente, amplo, ou vamos caminhar na direção do que já está acontecendo em outras estados, que tiveram que fechar tudo. Só o isolamento social bem feito evita o lockdown”, alertou.
Avaliação do secretário de Governo decorre do fato de que o Mato Grosso do Sul apresenta uma das piores médias de isolamento social desde o começo da pandemia. Agora, com a terceira onda, mais contagiosa e letal, o cenário está mudando e colocando em risco todo o bom trabalho feito até aqui. Ele lembra que o Estado estava entre aqueles que menos perderam vidas e tem o terceiro menor desemprego no país.
“Nosso desafio central é continuar equilibrando as medidas sanitárias necessárias com atividades seguras. Ocorre que, no pico da pandemia, se não fizermos bem o dever de casa, vamos acabar caminhando para o que ninguém quer – o fechamento de quase tudo, a exceção dos serviços essenciais, como já está acontecendo Brasil afora".
Murilo lembra que o Estado, como coordenador do sistema de saúde, faz alertas aos municípios e recomenda medidas, deixando a cargo dos prefeitos e gestores municipais as principais decisões sobre o nível de restrição, de acordo com a realidade de cada cidade.
“A gente espera que haja muita responsabilidade nesta hora, sob pena do Estado ter que se impor, considerando o agravamento da emergência na saúde.” Para Murilo, é preciso haver trabalho coordenado e alinhado em torno das medidas, para que elas surtam o efeito desejado “e a gente evite o pior “.
Atividades presenciais suspensas na Capital
Os órgãos públicos estaduais de Campo Grande estarão com as atividades presenciais suspensas no período de 22 a 26 deste mês, de acordo com Resolução conjunta assinada pelos secretários Ana Nardes (Administração e Desburocratização) e Sérgio Murilo da Mota (Governo e Gestão Estratégica), publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) no final da tarde desta sexta-feira (19).
A medida não se aplica aos serviços públicos de saúde, segurança pública, assistência social nas residências inclusivas e nas casas abrigo, infraestrutura e fiscalizações tributária, sanitária, ambiental e meteorológica.
A Resolução foi editada em função do Decreto da Prefeitura de Campo Grande que traz várias medidas restritivas de combate à pandemia da Covid-19. A secretária Ana Nardes explicou que o atendimento à população não será prejudicado, pois cada gestor estadual adotará medidas para isso.
Havia a expectativa de um novo decreto com mais restrições em nível estadual, mas permanecem o toque de recolher, das 20h às 05h e as demais regras já impostas.
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