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Bloqueio na fronteira entre Corumbá e Bolívia entra no segundo dia

Leonardo Cabral em 13 de Janeiro de 2021

Diário Corumbaense

Caminhões impedem tráfego de cargas no lado boliviano

O bloqueio na fronteira de Corumbá com as cidades bolivianas de Puerto Quijarro e Puerto Suárez, entrou no segundo dia, nesta quarta-feira, 13 de janeiro. Sem nenhuma resposta do Governo Federal, manifestantes seguem no cruzamento das Avenidas Luis Salazar de la Vega e Bolivar, em frente a uma agência bancária, impedindo o trafego de caminhões de cargas.

Ao Diário Corumbaense, o presidente do Transporte Pesado da Província German Busch, Angel Saavedra, disse que o setor aguarda uma posição do governo boliviano. Os bloqueios, que acontecem em todo o território nacional, pede a prorrogação do pagamento de empréstimos bancários por mais seis meses para o setor, por não ter conseguido se recuperar da forte crise econômica que atravessa o país, em decorrência do coronavírus.

“Hoje haverá um encontro em La Paz, entre o governo e nossos representantes. Vamos aguardar a decisão e ver se teremos uma resposta positiva ou negativa, porém, o tráfego de caminhões de cargas segue impedido de cruzar a fronteira entre os dois países. Mas os carros de passeio podem trafegar normalmente”, explicou Angel.

Para cruzar, os veículos de passeio precisam utilizar outra rota, pois na rua principal, Simón Bolivar, que leva até a rua Luis Salazar de la Vega, os manifestantes colocaram cinco caminhões cruzados na via. Os motoristas têm que trafegar uma quadra a mais, fazendo retorno, para sair ou entrar na Bolívia.

No ano passado, o governo de transição estabeleceu o adiamento do pagamento dos empréstimos desses créditos até janeiro deste ano, como medida para amenizar a economia dos diversos setores, afetados pelas restrições que foram implementadas para impedir o avanço do coronavírus.

Esse prazo expirou e as operadoras pediram formalmente ao novo governo que prorrogasse o prazo por mais seis meses. O COB, microempresários e sindicalistas também aderiram a este pedido.

Esses setores afirmam que não estão em condições de retomar o pagamento de suas obrigações devido à fragilidade da economia que, apesar da flexibilização das medidas restritivas, não consegue se recuperar.

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