Da Redação em 04 de Maio de 2018
Eles estão aqui
Não dá para negar que os bolivianos já fazem parte da vida do povo corumbaense. Eles estão nas esquinas vendendo suas quinquilharias, em lojas formalizadas, morando e trabalhando, e se utilizando dos serviços básicos oferecidos pelo Estado brasileiro como educação e saúde. Eles também ajudam a gerar renda ao município, pois pagam impostos e consomem do comércio local.
Da mesma forma
Bolivianos estão adaptados à política local. Fazem campanha, votam e até se manifestam em busca de apoio para desenvolver suas atividades econômicas. Não dá mais para dizer que Corumbá os tem por aqui como visitantes ou como uma simples parte da população flutuante da cidade.
É por isso mesmo
Que os políticos estão de olho nesse nicho eleitoral, uma proporção que ajuda a ganhar a eleição, a exemplo do que pode ter acontecido em 2016, quando acusaram o prefeito falecido Ruiter de ter se valido dos votos bolivianos para vencer Paulo Duarte, que na época era chefe do Executivo Corumbaense e um dos poucos no poder a não conseguir a reeleição.
E claro
Vale o ditado, “o mundo é dos mais espertos”, mas vale também a forma como se trata aqueles que participam ativamente do dia a dia do município.
Entretanto
Este é um problema realmente e digno de Itamarati, envolve relações diplomáticas entre Brasil e Bolívia e um maior empenho na fiscalização por parte de vários órgãos administrativos. Isso porque os bolivianos estão conseguindo documentação brasileira, como o título eleitoral para votar e, consequentemente isso acontece porque estariam tendo nacionalidade brasileira.
Vai daí
Que o Brasil acaba gastando mais na educação, na saúde, na segurança, assistência social e vários outros setores para atender aos bolivianos, com nacionalidade brasileira ou não. Se estão legalizando os venezuelanos que têm migrado para o Brasil, é hora também de se atentar para os bolivianos que com certeza somam uma população muito mais numerosa.
Bons profissionais
Eles são mundialmente conhecidos por serem bons profissionais, principalmente quando se trata de serviços feitos à mão. Em São Paulo são contratados como costureiros e dizem que são experts no assunto. Bolivianos trabalham bem o couro, a madeira e são excelentes artesãos. Então por que não agregar essa positividade à economia brasileira de forma aberta, real e legal?
Final de semana
Vem aí mais um final de semana e, com ele, os acidentes, as brigas... Dois dias em que os bombeiros e as polícias trabalham mais do que na semana inteira.
Para meditar
“É melhor ter a vida inteira para saborear uma cerveja gelada, ou beber tudo em um único dia e acabar com a vida inteira?
* Detalhe é uma coluna de opinião do Diário Corumbaense que aborda os mais variados assuntos.