Da Redação em 02 de Maio de 2018
Acima de tudo
Se transformaram em verdadeiros reis os políticos brasileiros. Invioláveis, intocáveis, improcessáveis. Também pudera, são eles próprios que fazem as leis e, com isso, se blindaram de todas as formas para não responder por atos criminosos que praticam durante o mandato.
Supremo vota hoje
O fim do foro privilegiado. Isso significa que a rapaziada pode perder aquela prerrogativa de só responder à Suprema Corte e ainda assim por crimes decorrentes do exercício do mandato. E como já se sabe que os processos nessa instância demoram e até prescrevem e, em alguns casos não chegam à condenação, parlamentares e executivos querem que tudo continue como está.
Até vereador
Tem privilégios, e o pior deles, é o da "Tribuna Livre", aquele que permite que o parlamentar fale o que quiser na tribuna da Câmara, sem que possa ser processado. Ele pode xingar, acusar, apontar o dedo, denegrir e outras coisas mais que não dá em nada. Isso atravessa os limites da ética e da moral.
É por isso
Que todas as leis feitas pelos políticos deveriam ser analisadas por um colegiado, uma comissão interdisciplinar, antes de ser homologada. Comissão composta por várias vertentes, entre elas uma que representasse o povo. Assim não seria necessário o Supremo rever as regras do jogo décadas depois e de tantos estragos que já fez.
Dizem que
Juiz de primeira instância não suportaria a pressão dos políticos, por isso os processos vão para o Supremo. Entretanto, depois do que vem ficando explícito nos últimos tempos, "há controvérsias".
Falando de coisas boas
Sendo construído em terreno doado pelo Poder Público, o hospital da Cassems, a Caixa de Assistência do Servidor Público, deve mesmo ficar pronto este ano. E antes mesmo de ser concluída a obra, já está sendo ampliada para ter capacidade para mais 50 leitos.
Boa notícia mesmo
É a possibilidade de implantação de um centro de especialidades médicas e de exames que hoje só são feitos em Campo Grande. Cateterismo, angioplastia (implantação de estentes em válvulas cardíacas) e ressonância magnética estarão à disposição não só dos segurados, mas possivelmente de toda a população por meio de convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde).
Enquanto isso
O Hospital de Caridade vem enfrentando sérios problemas, apesar do socorro da Prefeitura de Corumbá e do Governo do Estado que repassem valores mensais substanciais à instituição. Dizem que a inauguração do hospital da Cassems pode desafogar o HCC, mas não é bem assim. O plano paga razoavelmente bem e o hospital público ficaria apenas com o SUS que destina uma verba vergonhosa pelos procedimentos.
Dinheiro estrangeiro
Nada contra o atendimento que é feito a "nuestros hermanos" bolivianos, mas seria bom que os governantes de lá se mancassem e dessem uma mãozinha. 30% dos pacientes do HCC são do outro lado da fronteira e uma doação, pelo menos de vez em quando, não seria nada mal.
* Detalhe é uma coluna de opinião do Diário Corumbaense que aborda os mais variados assuntos.