Da Redação em 18 de Abril de 2018
Presidenciáveis
Um problema sério para o eleitor decidir o voto para presidente em um país onde a corrupção não tem deixado político de fora. Figuras antigas e notórias vêm caindo nas malhas dos investigadores e, Polícia Federal, Ministério Público Federal e a Justiça Federal, têm mostrado que aqueles “salvadores da pátria”, na verdade, são o “lobo mau” da história brasileira.
Pior ainda
O Brasil tem na ponta das pesquisas um ex-presidente que está preso. Sem Lula, a liderança ficaria para um ex-oficial do Exército e aponta para o retorno ao Governo Militar através de Bolsonaro, ou para a ambientalista Marina Silva, que há muito vem mostrando a cara de forma incisiva nas disputas, mas ainda não conseguiu emplacar seu discurso sócio-ambiental.
Em Mato Grosso do Sul
A situação se mostra moderada e descambando para uma grande disputa. Por isso mesmo as composições devem ajudar a definir o favoritismo, principalmente com relação aos candidatos ao Senado Federal. Este ano, o Estado terá duas vagas, mas os novos nomes é que estão colocando os partidos em polvorosa.
Postulantes
O governo terá, ao que se desenha, três nomes fortes na disputa. O atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB), para a reeleição; o juiz aposentado Odilon de Oliviera (PDT); e o ex-governador André Puccinelli (MDB). Todos eles acreditam na possibilidade de se eleger e, em cada pesquisa, um deles aparece na liderança, de forma que não há como saber ao certo qual o preferido do eleitorado sul-mato-grossense ainda.
Entretanto
Azambuja que tem a máquina nas mãos e de quem não será nada fácil tomar o governo, afirma estar aberto a negociações. O PSDB acena com várias possibilidades e não descarta nem mesmo ter como candidato ao Senado ao lado do governador, Odilon ou o próprio Puccinelli. E como a política é a “arte de engolir sapo”, até mesmo Zeca do PT é aceitável aos tucanos.
E em Corumbá
O problema é bem outro, e ainda mais difícil de resolver. Eleger gente da terra é tarefa difícil diante do ataque de tantos candidatos que vêm de fora e encontram apoio aqui. Sem deputado estadual, sem deputado federal e depois de ter perdido o seu senador, Delcídio do Amaral, que teve o mandato cassado, a cidade pena para conseguir verbas para estruturação de obras e programas sociais.
Não fosse
A aproximação do prefeito Marcelo Iunes, que até se filiou ao PSDB, com o governador Reinaldo Azambuja, nada sobraria ao município. Por isso, ele mesmo, Marcelo Iunes, deve ser o fiel da balança para capitanear candidaturas à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal. O prefeito vem demonstrando que vai lutar para ter aliados nas duas Casas ajudando assim a direcionar as verbas tão necessárias e que Corumbá tem real necessidade.
E o eleitor
Bem, esse tem que criar consciência política, afinal de contas, quando se ouve as notícias da Operação Lava Jato, sempre se fala que os bilhões foram pagos ou desviados para, além de encher os bolsos dos políticos corruptos, financiar campanhas, ou seja, para serem utilizados com o próprio eleitor. Então tem muita gente, mas muita gente mesmo que tem culpa de tudo o que vem acontecendo no Brasil, apesar de estar culpando os citados, indiciados ou presos pela Lava Jato.
* Detalhe é uma coluna de opinião do Diário Corumbaense que aborda os mais variados assuntos.