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Elevação de temperatura alerta para novos incêndios florestais após dias de "calmaria"

Leonardo Cabral em 19 de Julho de 2024

Álvaro Rezende/Governo MS

Seis focos de incêndio estão ativos em MS

Como havia sido alertado, após dias de “calmaria”, as condições climáticas adversas caracterizadas pela elevação da temperatura e pela baixa umidade relativa do ar, resultaram em um aumento no surgimento dos pontos de calor novamente no Pantanal. Os trabalhos se direcionam a seis focos de incêndio ativos.

Na região do Rabicho, próximo ao rio Paraguai, até a última passagem do satélite, pouco antes do relatório emitido semanalmente da Operação Pantanal, a estimativa de área queimada era em torno de 5.000 hectares. No local, foi elaborada uma estratégia de pontos de contenção e linhas de controle, utilizando barreiras naturais e artificiais para limitar a propagação do fogo.

A ação de primeira resposta na área com foco ativo de incêndio no Porto da Manga contou com uma equipe para avaliação in loco, além do acompanhamento via satélite para determinar a extensão. Já na região da Nhecolândia, próximo ao rio Paraguai, o foco de incêndio apresenta dois pontos isolados, sem risco de propagação, pois se concentra dentro da linha de defesa. Serão encaminhadas equipes ao local para realizar o reconhecimento e a avaliação da área.

Uma equipe foi deslocada para combater um foco de incêndio na região de Brasilândia/MS. O incêndio, que começou na tarde de ontem (18), devido às condições climáticas secas e aos ventos fortes, destaca-se em grande atenção. Os bombeiros trabalham para evitar que os focos se espalhem para áreas residenciais e agrícolas.

Na região próxima ao município de Bonito, surgiu um foco de incêndio ativo ontem, dentro de uma área rural ao qual foram empenhadas equipes para combate direto e contenção do foco. Foi redobrada a atenção por ser uma região agrícola e o material orgânico do local ser de alta combustão.

Área queimada

Desde o começo do ano até 16 de julho, quase 593 mil hectares foram queimados no Pantanal sul-mato-grossense, o que corresponde a 6% do total de nove milhões de hectares da região pantaneira no Estado.

O aumento chega a 147% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram queimados 239,4 mil hectares - considerada até então, a pior temporada de incêndios. Os números são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais do Departamento de Meteorologia da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Os focos de calor detectados via satélite chegam a 3.099 de janeiro até 16 de julho, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Aumento de 38,7% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram 2.235 registros.

Para conter o fogo, são 13 aeronaves dos Governos Estadual e Federal, sendo cinco “Air Tractor”, sete helicópteros e um cargueiro KC390 Millenium.

A frota conta com 05 caminhões de combate a incêndio, seis embarcações, 10 caminhonetes do CBMMS e 24 caminhonetes da Força Nacional, todas equipadas com kit pick-up, mochilas costais, sopradores e equipamentos de proteção individual.

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