Portal de Notícias de MS em 13 de Julho de 2024
Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar
Trabalho de rescaldo em áreas já queimadas, evita a reignição do fogo
Continua o trabalho de rescaldo e prevenção em diversas áreas atingidas pelos incêndios florestais em junho. De acordo com informações do SCI (Sistema de Comando de Incidentes), em Corumbá, um foco de incêndio permanece ativo no Pantanal Sul-mato-grossense, na região do Tagiloma, conhecido como Maracangalha.
Ali, uma força-tarefa atua com o objetivo de realizar não apenas as ações de combate ao incêndio, mas também implementar medidas de controle e monitoramento.
Outro ponto de atenção se concentra na região do Paraguai Mirim, onde equipes trabalham para evitar a reignição dos focos de incêndio e assegurar que estes focos permaneçam confinados dentro da área isolada ao longo das margens do rio Paraguai.
Devido a riqueza de materiais orgânicos inflamáveis ali presentes, o solo pantaneiro é fértil para a reignição e propagação do fogo, com as popularmente conhecidas turfas, responsáveis pelo conhecido 'fogo subterrâneo' no bioma.
Aeronaves da Força Aérea e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) dão apoio ao trabalho de monitoramento e controle. A preocupação também agora é com a queima lenta dentro das áreas já queimadas, com troncos de árvores ainda acesos, por exemplo. Daí surge a necessidade de rescaldos e cortes para evitar novos incêndios.
Atualmente há 95 bombeiros militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul atuando na Operação Pantanal 2024, dos quais 60 estão nas equipes de combate em solo e 35 compõem o SCI, distribuídos em Campo Grande e Corumbá.
Existe também o apoio efetivo de 80 militares da Força Nacional de Segurança Pública, além de militares das Forças Armadas (Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira), da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e 233 agentes do Ibama, ICMBio e brigadistas do Prevfogo.
O esforço concentrado teve seu pico há duas semanas, quando os incêndios florestais alcançaram grandes proporções. Diante do trabalho direto de combate e reforço federal, aliado à condição climática, houve uma queda nos números de locais com fogo e de focos ativos.
Calor e "secura" retornam semana que vem
Em Corumbá, os termômetros marcavam 12°C na manhã de sexta-feira (12) e não passaram dos 17°C ao longo do dia. Já a umidade do ar ficou torno dos 55%. De acordo com o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), até este sábado os termômetros ficam entre 11ºC e 23°C.
Contudo, na semana que vem os termômetros sobem gradativamente, atingindo máxima de 34ºC e a umidade fica entre 10% e 30%. Ou seja, as condições voltam a ser favoráveis aos incêndios. Por isso a situação de alerta constante. "A nossa estimativa é que tenhamos mais uns três ou quatro dias ainda com o tempo nos ajudando com uma umidade alta", disse o chefe de operações do SCI em Corumbá, coronel Claudiney da Silva Quintana.
"As guarnições foram substituídas no início desta semana, após um longo trabalho de combate a incêndios. Fizemos os rescaldos que tinham que ser feitos e mantemos as 13 bases avançadas com o monitoramento e também as vistorias operacionais em solo, observando os aceiros, as cabeceiras de pontes e estamos aproveitando esse momento agora para a manutenção dos nossos equipamentos e veículos que sofreram com os combates intensos e exigiram muito de suas capacidades técnicas", completou o chefe do SCI.
Bruno Rezende/Governo do Estado
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