Da Redação em 17 de Março de 2016
A visita do governador Reinaldo Azambuja a Corumbá nesta quarta-feira, 16 de março, agitou o cenário político local. O período pré-eleitoral e a proximidade do fechamento da janela partidária tornaram uma festa, com direito às mais variadas matizes partidárias gravitando em torno da principal liderança do Executivo sul-mato-grossense. No aeroporto, ainda pela manhã, a quantidade de políticos – de todas as envergaduras – foi uma enormidade.
No aeroporto, se viu político para todos os gostos, gêneros e estilos. Era político com mandato; político sem mandato; político com perspectiva de alguma coisa; político sem perspectiva de coisa alguma e político que ainda pensa que pode algo na política. Era todo mundo correndo para cumprimentar o governador, abraçá-lo efusivamente; dar aquele tapinha nas costas e tirar a providencial foto, que um dia pode ser usada como prova de prestígio político.
Aliás, não faltou aquele celular providencial para garantir a selfie ou a fotinho posada. Tinha mais celular sendo usado para registrar a visita do governador do que máquinas fotográficas utilizadas por profissionais da imprensa. Aliás, a imprensa tinha que se espremer para conseguir o registro jornalístico da passagem do chefe do Executivo Estadual. Era um tal de repórter fotográfico desviar daqui, desviar dali, tudo para conseguir tirar do quadro da foto a praga do celular. Muitas vezes isso não acontecia.
A visita de Reinaldo Azambuja teve um caráter curioso. Conseguiu reunir num mesmo espaço, políticos e lideranças que até alguns dias se posicionavam radicalmente contra o partido do governador. É a dinâmica da política, afinal, como disse um político recentemente: "Em política, tudo pode".
Também teve outro fato curioso. Ressuscitou nomes que pareciam esquecidos ou até mesmo, mortos politicamente. Bom, talvez não os tenha ressuscitado, apenas dado algum fôlego para que continuassem na sobrevida, com aquela esperança de voltar a terem o poder perdido. Possivelmente hoje, passada a visita, já tenham voltado ao limbo e ao esquecimento. Talvez, a sobrevida e sonhos de voltarem aos tempos gloriosos não tenham durado mais que a ida ao aeroporto.
A visita também serviu para os interessados em cargos eletivos demonstrarem que têm a chamada densidade eleitoral para o cargo que postulam. O que tinha de gente conversando ao pé do ouvido, falando baixinho nos cantos, conversando ao celular. No palanque montado na PM então, foi um sem número de autoridades, que não dá para lembrar a metade que disputou um lugarzinho. Pior ainda, tinha os que se posicionavam estrategicamente atrás do governador durante qualquer entrevista. Assim, tinham garantia que apareceriam na foto. Haja papagaio de pirata.
O prefeito Paulo Duarte está em alta com o governador. Ao lado do deputado federal Dagoberto Nogueira, ele cruzou Corumbá de uma ponta a outra junto com Reinaldo Azambuja, no carro do chefe do Executivo sul-mato-grossense e ainda foi a Ladário, onde participou de almoço no Comando do 6º Distrito Naval, que recebeu a visita do governador.
Como a coluna já havia antecipado, Paulo Duarte assinou ficha de filiação ao PDT. O deputado federal e presidente regional da sigla, Dagoberto Nogueira, não perdeu tempo e garantiu a ida do prefeito ao fazer convite público durante ato no Comando da Polícia Militar. Prometeu parceria e atenção com a cidade no âmbito estadual e federal. Duarte, por sua vez, confirmou filiação e disse que vai cobrar o compromisso do deputado.
O ex-prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha, que hoje coordena o escritório regional do Governo do Estado na região, formalizou a ida para o PSDB, na presença do governador Reinaldo Azambuja e lideranças tucanas. Ruiter disse que não se filiou na condição de pré-candidato à Prefeitura de Corumbá e sim para participar de um projeto político de desenvolvimento da cidade. Já Reinaldo, deixou claro que a decisão de candidatura própria nas eleições deste ano, é do diretório municipal.
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