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Com autopsia concluída e corpo liberado, Consulado aguarda chegada da família em Santa Cruz

Caline Galvão em 15 de Janeiro de 2016

Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense

Thiago, marido de Priscila, se deslocará a Santa Cruz junto com cunhada e advogado do Consulado

O Consulado do Brasil em Santa Cruz de la Sierra já aguarda a chegada do marido e da irmã de Priscila Aparecida Franco da Silva, brasileira encontrada morta no dia 08 de janeiro em Puerto Quijarro, cidade que faz fronteira com Corumbá. O corpo de Priscila, que residia na cidade paulista de Campinas, foi liberado juntamente com o feto que estava sendo gerado por ela. Legistas de Santa Cruz concluíram autopsia e aguardam identificação oficial por parte de familiares. O corpo está conservado no necrotério do Hospital Pampa de la Isla.

O Consulado do Brasil em Puerto Suárez conseguiu passagens para Thiago, marido de Priscila, para a irmã da vítima, Ana Cláudia, e para o advogado boliviano Jorge Tito Garrido, incumbido pelo Consulado na tarefa de ajudar a família na tramitação legal dos documentos na Bolívia. Os três serão recebidos em Santa Cruz de la Sierra pelo Consulado do Brasil naquela cidade. A data não foi divulgada.

Advogado boliviano Jorge Tito Garrido ajuda família na tramitação legal dos documentos

“Vamos à Santa Cruz de la Sierra para que os familiares possam fazer o reconhecimento oficial de Priscila e solicitar a documentação para que o corpo dela possa ser retirado e também do feto, para que o Consulado em Santa Cruz possa fazer tudo o que é possível para ajudar a família a levar o corpo para o Brasil”, explicou a este Diário o advogado Jorge Tito Garrido, que acompanha o caso desde que o corpo da brasileira foi encontrado.

Thiago Henrique Batista Ferreira, de 29 anos, afirmou ao Diário Corumbaense que o relacionamento dele com Priscila completaria nas próximas semanas quinze anos. Desde que eram adolescentes, eles namoravam. Thiago pretende a todo custo levar o corpo da mulher para Campinas, principalmente porque os amigos, familiares e os filhos querem se despedir dela. “Recursos, a gente não tem, então a gente está pedindo ajuda. Amigos e parentes estão ajudando. Se alguma empresa aérea pudesse ajudar a gente, seria bem mais fácil para acabar com um pouco dessa dor”, disse Thiago.

Reprodução

Ana Cláudia, irmã de Priscila, à esquerda, ao lado da vítima

“Ela era uma pessoa amiga de todo mundo, mãe, batalhadora, guerreira. O pessoal de Campinas sabe como ela é. Ela batalhou por tudo o que a gente está conquistando. Até o terreno que a gente conquistou e estávamos construindo nossa casa para sair do aluguel. Então, está difícil e a gente pede ajuda para poder dar uma despedida digna para ela”, finalizou Thiago.

A família de Priscila não tem condições de arcar com os custos do translado, que pode ultrapassar os 25 mil reais, e por isso disponibilizou uma conta bancária para quem desejar ajudar. A conta corrente é do Bradesco, agência 046-9 / conta 370.237-5, em nome de Ivanil Augusto da Silva. O titular dessa conta alertou que quem é de Corumbá ou outra cidade de Mato Grosso do Sul deve acrescentar mais um zero no número da agência, ou seja, 0046-9, caso o depósito não seja aceito.