Rosana Nunes em 11 de Janeiro de 2016
Reprodução/Facebook
Priscila veio à fronteira com a Bolívia para fazer compras e revender produtos em Campinas
O marido de Priscila Franco da Silva, de 26 anos, contou à reportagem do Diário Corumbaense que a esposa revendia roupas em Campinas, São Paulo, cidade onde a família vive. "Ela foi aí pra Corumbá pra fazer compras na Bolívia para revenda. Foi a segunda vez que a Priscila viajava pra aí. Falei com ela na quinta-feira (07), me disse que já estava a caminho e quando chegasse na rodoviária de Corumbá, iria me ligar. Mas depois disso, ela não fez mais contato", disse Thiago Henrique Batista Ferreira, de 29 anos, ao confirmar que Priscila viajou sozinha e estava grávida de sete meses. O casal ainda tem mais dois filhos: um de 4 e outro de 6 anos.
Depois de não ter mais contato com a esposa, Thiago passou a procurar notícias aqui da fronteira, quando viu a publicação sobre a mulher encontrada morta. "Foi um choque, eu a reconheci pelas tatuagens, uma delas tem o meu nome. Roubaram tudo dela, por isso não tinha documentos", afirmou o marido.
Ele e uma irmã de Priscila estão buscando viabilizar a vinda para a fronteira, mas a família não tem recursos financeiros para fazer o translado do corpo.
Divulgação
Marido de Priscila a reconheceu pelas tatuagens
O delegado titular do 1º Distrito Policial de Corumbá, Pablo Gabriel Farias, explicou a este Diário qual é o procedimento para o caso. "A família terá que procurar a Polícia Boliviana para fazer a identificação formal do corpo. Como é um crime que, provavelmente aconteceu na Bolívia e ainda não houve uma identificação formal, está fora de nossa competência. Isso deve ser feito via consulado, via diplomacia. A família deve procurar o consulado brasileiro na Bolívia para ter mais informações sobre como a lei boliviana se aplica ao caso", afirmou.
Corpo foi encontrado em matagal
O corpo de Priscila Franco foi encontrado na sexta-feira (08) em um matagal na cidade boliviana de Puerto Quijarro. Ela vestia um short de cor branca, um sutiã vermelho e uma camiseta de cor azul e não portava nenhum documento.
Os primeiros indícios apontam que ela foi violentada sexualmente, tem diversos sinais de violência física e pode ter sido morta por asfixia. A Polícia Boliviana informou que encaminhou o corpo primeiro ao hospital “Príncipe da Paz”, mas que naquela região não há câmara fria para conservá-lo até a identificação formal e por isso, foi levado para Santa Cruz de la Sierra, distante pouco mais de 600 km da fronteira. (matéria editada para atualização de informação).
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