Agência Brasil em 03 de Março de 2022
Bernat Armangue/AP
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Os negociadores russos confirmaram que estão de acordo com a saída da população civil. "Concordamos que vamos manter corredores humanitários, vamos manter possibilidade de cessar-fogo nesses corredores humanitários e pedimos à população para que usem os corredores e esperamos que tudo acabe logo", afirmou um dos negociadores russos.
Um pouco antes, ainda durante a reunião, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que os russos não podem falar com os ucranianos como se fossem alguém de outra categoria. "Precisamos conversar como iguais. Precisamos sentar e conversar. Acho que ele está num mundo diferente. A pessoa ganha uma chance de se tornar grandiosa para seu país, mas não está aproveitando", disse Zelensky.
O mandatário ucraniano disse ainda que quer salvaguardar o país e seu povo e disse acreditar que, em uma conversa franca com Putin, poderiam chegar a um acordo, à paz.
Zelensky disse ainda que espera que a Ucrânia não desapareça. "Se a Ucrânia desaparecer, outros países podem desaparecer também, até chegar às portas de Berlim". E rechaçou a narrativa russa de que os próprios ucranianos estão matando sua população. "Não somos nós que matamos o povo ucraniano. Não somos nós que matamos nossos civis, não somos nós que matamos nossas crianças".
O presidente russo afirmou, por outro lado, que a Ucrânia e a Rússia são o mesmo povo. Mas disse que a "operação especial", como ele chama a invasão do território ucraniano, visa defender a pátria russa, seus oficiais e soldados, que estão agindo como verdadeiros heróis.
"Eles combatem com toda a coragem e sabendo a verdade. Até depois de feridos, permanecem no front, morrem para salvar seus camaradas e a população civil. Sou feliz por fazer parte desse povo russo tão forte e multinacional. Também não nego minha convicção de que russos e ucranianos são o mesmo povo, mesmo quando os ucraninos estão amedrontando sua população com a propaganda nacionalista", disse Putin.
O mandatário russo afirmou ainda que está em guerra contra neonazistas que estão usando a população civil como escudo vivo. "São bandidos que, em vez de cumprir a sua promessa de tirar o maquinário militar das áreas residenciais, fazem o contrário, só põem mais tanques e mais máquinas de guerra". Putin acusou ainda os ucranianos de estarem capturando e usando estrangeiros como reféns.
Reuters/Agência Brasil
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