Terra Notícias/Deutsche Welle em 24 de Fevereiro de 2022
Divulgação/Governo da Ucrânia
Explosão é vista na capital ucraniana de Kiev nesta quinta-feira
Em um pronunciamento televisivo, o mandatário afirmou que estava "protegendo" os separatistas, mas o próprio Exército confirmou que os ataques estavam sendo feitos contra bases e locais administrados por Kiev. "O plano da Rússia não inclui ocupar a Ucrânia", disse Putin.
No entanto, o líder russo afirmou que "quem interferir" no país vizinho "pagará" as consequências e acusou os Estados Unidos de terem "ultrapassado" a linha vermelha ao não atender os pedidos de segurança russos e tentar incluir os ucranianos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou que a ação russa "é de larga escala". "As cidades pacíficas ucranianas estão sob ataque e essa é um guerra. A Ucrânia se defenderá e vencerá: o mundo pode e deve parar Putin e o momento de agir é agora", pontuou.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que Putin "escolheu uma guerra premeditada que levará a uma catastrófica perda de vidas humanas e sofrimentos" e que esse é um ataque "injustificado" contra Kiev.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que esse "é o momento mais triste do meu mandato". "Preciso mudar meu apelo: presidente Putin, em nome da humanidade, leve de volta as tropas russas. Esse conflito deve parar agora. O que é claro é que essa guerra não tem sentido e viola os princípios da Carta da ONU", ressaltou.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que conversou com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, para "condenar com a máxima firmeza a injustificada agressão militar da Rússia contra a Ucrânia e exprimir a nossa mais forte solidariedade".
Zelensky fez um pronunciamento em que anunciou que "rompeu" com Moscou e fazendo um apelo para que a população russa proteste contra esse ataque contra a Ucrânia. O mandatário ainda pediu que seja criada uma "coalizão anti-Putin" e que sejam aplicadas "sanções imediatas" contra o governo.
Lei Marcial
Logo após o início do ataque russo, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, impôs nesta quinta-feira, 24, a lei marcial no país e pediu calma à população. A medida contou com o aval do Parlamento ucraniano.
Em vídeo publicado no Facebook, Zelenski anunciou o ataque russo contra "a infraestrutura militar" e a os guardas da fronteira. Ele informou ainda que introduziu a lei marcial em todo o país. Com a medida, as leis civis passam a ser substituídas por regras militares.
"Nessa manhã, a Rússia lançou uma nova operação militar contra o nosso Estado. Essa é uma invasão completamente cínica e infundada", afirmou Zelenski. "Nós, os cidadãos da Ucrânia, temos determinado nosso futuro desde 1991", disse em referência ao ano do colapso da União Soviética. "Mas agora, o que está sendo decidido não é somente o futuro do nosso país, mas o futuro de como a Europa quer viver", acrescentou.
Zelenski pediu que a população mantenha a calma e permaneçam em casa. Ele destacou ainda que o governo está fazendo de tudo para defender o país. "Sem pânico. Nós somos fortes. Estamos prontos para tudo. Vamos vencer todos porque somos a Ucrânia", acrescentou.
O presidente pediu ainda que a comunidade internacional crie uma "coalizão anti-Putin" para apoiar a Ucrânia, por meio de apoio militar e financeiro, e disse estar em contato com líderes de vários países. Zelenski solicitou ainda a aplicação de sanções imediatas contra a Rússia.
Ainda hoje, diversos grupos internacionais, como o G7, vão se reunir para anunciar mais punições contra os russos.
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