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Fóssil de 30 mil anos de MS estava em acervo do Museu Nacional no Rio de Janeiro

G1 MS em 05 de Setembro de 2018

Tadeu Martinez/Memórias de Corumbá

Uma das réplicas do fóssil de Corumbá que fazia parte do acervo do Museu Nacional do Rio de Janeiro

O fóssil Equus Vandonii, uma espécie de cavalo, encontrado em Mato Grosso do Sul, estava no acervo do Museu Nacional no Rio de Janeiro que pegou fogo no último domigo (02). De acordo com o Conselho de Cultura de Corumbá, a 428 km de Campo Grande, a peça tinha entre 18 e 30 mil anos e foi doada para o Museu em 1974.

De acordo com a presidente do Conselho de Cultura de Corumbá, Livia Gaertner, a peça foi encontrada em 12 de novembro daquele ano, às margens do rio Paraguai, pelo pescador Jerônimo Borges dos Santos.

Segundo Lívia, o doutor Gabriel Vandoni de Barros, que na época era diretor do Museu Regional de Mato Grosso (A divisão de MT aconteceria em 1977), doou o material descoberto ao Museu Nacional para estudo e, posteriormente, fazer parte do acervo histórico.

"Era uma peça que falava sobre a evolução. Esse fóssil não estava diretamente ligado com os cavalos que atualmente existem na região. Ele tinha a mandibula diferenciada e é a prova de que havia vida há muito tempo por aqui", explicou ao G1.
De acordo com Lívia, existem duas réplicas do fóssil em Corumbá. Uma está no Museu da História do Pantanal (Muhpan) e a outra, no Museu Regional do Pantanal. Ela não tem informações se o fóssil de Corumbá está entre as peças destruídas no incêndio. "Eu chorei quando vi as chamas. A história do Brasil volta ao zero e é um prejuízo que acontece em todas as esferas temporais, passado, presente e futuro", lamentou.

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