Agência Brasil em 05 de Setembro de 2018
Tânia Rêgo/Agência Brasil
Prédio principal do museu continua interditado pela Defesa Civil por causa dos riscos de desabamento na parte interna
Segundo Cristiane, o museu já está se organizando para retomar as atividades de pesquisa e pós-graduação no horto do museu, que não foi atingido pelo fogo e fica num prédio anexo. Os profissionais também já buscam maneira de recompor parte do acervo perdido.
“Nós estamos recebendo várias ofertas de doações. Têm várias instituições estrangeiras, inclusive. Então, a gente vai fazer toda essa campanha para receber o material para a gente reerguer o Museu Nacional com as coleções", informou a vice-diretora ao completar: "Esse é um momento de clamor público".
O prédio principal do museu continua interditado pela Defesa Civil municipal por causa dos riscos de desabamento na parte interna. Apesar disso, funcionários da instituição, acompanhados por bombeiros, conseguiram resgatar várias peças e objetos encontrados em meio aos escombros do Museu Nacional.
Foram recuperados, por exemplo, pedaços de cerâmica, meteoritos, um quadro do Marechal Cândido Rondon , além de ossos como um crânio humano que, por ter sido encontrado dentro do Laboratório de Antropologia Biológica, pode pertencer a Luzia – o fóssil humano mais antigo (aproximadamente 11 mil anos) encontrado no continente.
Todo o acervo encontrado será analisado por profissionais do Laboratório de Conservação do museu e pela Polícia Federal.
A vice-diretora do museu conta que o prédio principal do museu foi destruído, mas que ainda há acervo armazenado em outros prédios. A catalogação começará a ser feita daqui a alguns dias.
“Toda essa parte do anexo ficou intacta. As coleções de invertebrados desse anexo ficaram intactas. Uma das coleções de insetos se salvou nesse anexo. Vertebrados, invertebrados, o herbário com quase 500 mil itens, além de mais de 500 mil exemplares de livros. Alguns meteoritos também foram achados. Alguma coisa de geologia e paleontologia também”, informou Cristiane Serejo.
Agentes técnicos da Polícia Federal já estão no museu, mas o trabalho de perícia para identificar as causas do incêndio só será iniciado quando o prédio for liberado pela Defesa Civil. Depois disso, uma empresa especializada será contratada para entrar nos escombros junto com profissionais do museu para tentar resgatar peças que não tenham sido consumidas pelo fogo.
18/09/2018 Unesco estima em 10 anos prazo para restauração do Museu Nacional
05/09/2018 Fóssil de 30 mil anos de MS estava em acervo do Museu Nacional no Rio de Janeiro
04/09/2018 Incêndio destruiu acervo único sobre história africana, diz curadora
03/09/2018 Funcionários entram no Museu Nacional em busca de peças do acervo
03/09/2018 Museu Nacional: universidades e pesquisadores do país dizem que dano é irreparável
03/09/2018 PF vai comandar investigações sobre incêndio no Museu Nacional
03/09/2018 Incêndio no Rio é a maior tragédia museológica do país
03/09/2018 Incêndio no Museu Nacional foi controlado na madrugada
No Diário Corumbaense, os comentários feitos são moderados. Observe as seguintes regras antes de expressar sua opinião:
Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião deste site. O Diário Corumbaense se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.