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Delcídio na berlinda de novo

Da Redação em 08 de Junho de 2018

Revisão da delação

A procuradora geral da República, Raquel Dodge, quer rever a delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral. Ela suspeita que ele tenha ocultado informações durante sua colaboração. Preso depois de ter sido gravado pelo filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, arquitetando um plano de fuga para o Paraguai, Delcídio optou por entregar o esquema para se ver livre da cadeia.

Preso de novo

Se houver realmente comprovação da omissão de Delcídio com relação a propinas pagas a políticos pela Odebrecht, o acordo pode ser revisado ou cancelado. Se for cancelado, ele poderá até voltar a ser preso, já que não terá mais o benefício da delação que é um acordo que garante regalias para quem entrega pessoas envolvidas com procedimentos criminosos.

Aspirações políticas

Delcídio, que teve o mandato cassado depois do episódio de sua prisão, filiou-se recentemente ao PTC, demonstrando que ainda teria pretensões políticas. A defesa de Delcídio também tenta reverter a suspensão de seus direitos políticos que o tornou inelegível por onze anos. 

Aposentadoria voluntária

Está em estudo na Prefeitura de Corumbá um plano de aposentadoria voluntária para professores. Segundo explicou o prefeito Marcelo Iunes, tem muitos professores aguardando promoções para pedir a aposentadoria, o que levaria ainda dois ou três anos. A intenção é adiantar essas promoções e facilitar a liberação dos profissionais. 

A medida

É uma das muitas que estão sendo tomadas para economizar recursos na prefeitura. A crise afetou em cheio os cofres públicos municipais e a retração da receita que deve chegar à ordem de R$ 70 milhões, já provocou 30 demissões e deve ainda chegar a mais 30 contratados. Os salários dos comissionados também vêm sendo reduzidos.

Democratas em Corumbá

Neste sábado o Democratas promove um café da manhã na Associação Comercial  para discutir “Novos Caminhos” para Corumbá. Além de representantes das bancadas federal e estadual do partido, chefes de órgãos que gerenciam setores produtivos como Incra e Superintendência de Pesca e Aquicultura estarão presentes. A intenção é traçar metas para fomentar a cadeia produtiva no município.

Uma pena

Que o encontro esteja sendo feito somente agora, em final de mandato e às vésperas das eleições. É aquele negócio, se os deputados do Democratas se reelegerem, será possível cobrar o que foi acordado, se não, tudo vai ficar apenas na conversa. 

Apertando o cerco

Parece que não, mas agosto está aí, nas portas e o prazo final para as convenções partidárias é logo no início do mês. Quem quer viabilizar uma candidatura está correndo atrás das oportunidades, se não, corre o risco de ficar de fora. Infelizmente, quando se diz oportunidades, a principal delas é dinheiro para a campanha, já que no Brasil tem que ter dinheiro para ganhar eleição. 

Isso demonstra

Que o povo ainda não se conscientizou que a compra do voto hoje pode significar a crise financeira do país aumentando. Candidato que compra voto vai querer receber tudo depois, com juros e correção monetária e o dinheiro sai sempre dos cofres públicos, ou de empresas que pagam propina, mas depois tiram dos cofres públicos também. 

Quanto vai custar?

Ainda não saíram as projeções de gastos para a campanha deste ano. Mas, tem um zum, zum, zum aí que projeta uma campanha de deputado estadual em pelo menos R$ 2 milhões. Pra fazer uma conta simples, a projeção é de que cada voto vá custar R$ 100,00, sendo assim, vezes 20 mil, que é o mínimo de votos que se pode pensar para se eleger, são R$ 2 milhões. 

Só para multiplicar

Se realmente este valor estiver correto, em Mato Grosso do Sul são 24 deputados. R$ 2 milhões vezes 24 deputados, igual a R$ 48 milhões. Os que não forem eleitos também irão gastar, é claro, então, uma dinheirama de mais de R$ 100 milhões deve ser derramada na campanha eleitoral no Estado se computados todos os cargos em disputa. 

Para refletir

Com R$ 100 milhões seria possível construir uns cinco hospitais, dar merenda para a criançada durante um bom período de tempo, aumentar os salários dos professores, contratar e pagar melhor os policiais. Já 100 reais por cada voto espalha o dinheiro que vai acabar servindo pra comprar uns quilos de carne, arroz, farinha e uma cervejinha para o fim de semana. Os próximos quatro anos, serão de austeridade...

* Detalhe é uma coluna de opinião do Diário Corumbaense que aborda os mais variados assuntos.